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Roger Waters ajudará crianças levadas por pai jihadista a voltar para casa

O músico britânico Roger Waters, membro fundador do Pink Floyd, durante passagem no Brasil em 2018 - Leo Caobelli/UOL
O músico britânico Roger Waters, membro fundador do Pink Floyd, durante passagem no Brasil em 2018 Imagem: Leo Caobelli/UOL

21/01/2019 19h40

Duas crianças do Caribe, que foram levadas para Síria por seu pai, que se juntou ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), se reencontraram na segunda-feira (21) com a mãe e serão repatriadas com a ajuda de Roger Waters, um dos fundadores do Pink Floyd, segundo o advogado da família.

As autoridades semi-autônomas curdas entregaram as duas crianças à mãe na cidade de Qamishli, no nordeste da Síria, informou um jornalista da AFP.

O advogado Clive Stafford-Smith, que falou de procedimentos complexos e caros para garantir a repatriação dos menores, afirmou que o britânico Roger Waters, membro fundador do lendário grupo de rock Pink Floyd, propôs ajudar a família.

Waters "aceitou pagar por tudo, se a mãe viesse de avião de Trinidade", em Trinidade e Tobago, no estado caribenho de onde são as crianças.

Segundo Stafford-Smith, Ayub Ferreria, de sete anos, e sei irmão Mahmud, 11, foram "sequestrados" em 2014 em Trinidade e Tobago por seu pai que decidiu levá-los à região de Raqa, antiga "capital" do EI no norte da Síria.

"Eles foram sequestrados em 20 de junho de 2014, um dia depois do terceiro aniversário de Ayub", disse à AFP Stafford-Smith.

"Sua pobre mãe não tinha ideia de onde eles estavam", acrescentou o advogado especializado em direitos humanos.

Um responsável das autoridades curdas, encarregado das Relações Exteriores, Fener Al Gayit, indicou que as crianças foram encontradas na região de Raqa há alguns meses e depois se mudaram para áreas sob o controle da SDS.

Ele informou que o pai, um soldado da EI, "se casou com outra mulher". "Ele foi morto e sua esposa fugiu".

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