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China oferece aumentar importação de produtos dos EUA, diz Bloomberg

18/01/2019 18h19

(Reuters) - A China apresentou um plano de compras de seis anos para incrementar as importações dos Estados Unidos, com o objetivo de reconfigurar as relações entre os dois países, segundo uma fonte familiarizada com o assunto citada pela Bloomberg nesta sexta-feira.

Com um aumento de mais de 1 trilhão de dólares nas importações dos Estados Unidos, a China reduziria o saldo positivo de sua balança comercial, que no ano passado foi de 323 bilhões de dólares, para zero até 2024, segundo uma das fontes ouvidas pela Bloomberg.

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Não estava clara a diferença entre esta oferta e a que foi feita pela China quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jiping, se encontraram em Buenos Aires, em dezembro. Naquela reunião, a China ofereceu o compromisso de mais 1,2 trilhão de dólares em compras, segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin.

Em 9 de janeiro, a Reuters noticiou que os representantes dos EUA aproveitaram três dias de negociações com seus pares chineses em Pequim para exigir mais detalhes sobre a promessa da China de fazer grandes compras de produtos norte-americanos. A China ofereceu compromissos similares, embora em menor escala, durante conversas em Washington em maio do ano passado.

A reportagem publicada pela Bloomberg nesta sexta-feira provocou um rali em Wall Street, onde os principais índices de ações se encaminhavam para uma quarta semana de ganhos, em parte devido ao otimismo de que os EUA e a China cheguem a um acordo para resolver a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Os dois lados têm imposto tarifas recíprocas que prejudicam o comércio na ordem de centenas de bilhões de dólares.

Enquanto uma compra maior de produtos dos EUA tem dominado parte das conversas, os negociadores norte-americanos também focam em questões que demandariam mudanças mais estruturais na China. Isso incluiria a implementação de medidas para interromper a apropriação indevida da propriedade intelectual de empresas norte-americanas e o corte em subsídios industriais.

Com a aproximação da metade dos 90 dias de trégua na guerra comercial entre China e EUA, iniciada com o encontro de Trump e Xi na reunião do G20 na Argentina em 1 de dezembro, ainda há poucos detalhes que indiquem a realização de qualquer progresso. Na terça-feira, um senador republicano disse que Robert Lighthizer, um dos representantes dos EUA nas negociações comerciais, havia lhe relatado ter visto pouco progresso sobre as questões estruturais.

Dados divulgados na segunda-feira mostraram que as exportações chinesas tiveram a maior queda em dois anos para o mês de dezembro, e que as importações também se retraíram, indicando menos vigor em 2019 para a segunda maior economia do mundo e uma maior deterioração na demanda global.

(Reportagem de Rishika Chatterjee em Bangalore)

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