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Opositor de Maduro, presidente do Parlamento é preso na Venezuela

13/01/2019 14h49

Juan Guaido, presidente do Parlamento venezuelano, a única instituição controlada pela oposição no país, foi preso pelos serviços de inteligência neste domingo (13), quando participava de uma reunião pública fora de Caracas, segundo sua esposa e deputados.

Juan Guaido, presidente do Parlamento venezuelano, a única instituição controlada pela oposição no país, foi preso pelos serviços de inteligência neste domingo (13), quando participava de uma reunião pública fora de Caracas, segundo sua esposa e deputados.

"O Sebin (Serviço de Inteligência Nacional Bolivariano) prendeu Juan Guaido", escreveu Fabiana Rosales, esposa do presidente do Parlamento, em sua conta no Twitter. Deputados venezuelanos, que esperavam por Guaido no local da reunião pública em Caraballeda, a 40 km da capital, confirmaram a prisão.

Pouco depois, a seguinte mensagem foi publicada na conta oficial do Twitter de Juan Guaido: "Alertamos o mundo e o país que hoje # 13 de janeiro um comando SEBIN interceptou o Presidente da Assembleia Nacional de Venezuela @jguaido e não sabemos onde ele se encontra".

"Enquanto estávamos na estrada fomos interceptados por dois furgões Sebin, com homens armados e encapuzados que abriram o nosso veículo, forçaram-nos a descer, eles não nos agrediram, mas nos disseram que teriam que prendê-lo imediatamente ", disse Fabiana Rosales em uma conversa telefônica tornada pública pela deputada Larissa Gonzalez.

Governo de transição

Na sexta-feira (11), no dia seguinte da posse de Nicolás Maduro para um segundo mandato, Juan Guaido, de 35 anos, lembrou a mil pessoas em Caracas que a Constituição venezuelana lhe dava a legitimidade para assumir o poder como parte de um governo de transição. Ele então convocou uma mobilização em 23 de janeiro de 2019 para apoiar o governo de transição.

Em 6 de janeiro, o Parlamento declarou o novo mandato do Presidente Nicolas Maduro, iniciado em 10 de janeiro, ilegítimo. Maduro foi reeleito em 20 de maio de 2018 para um novo mandato de seis anos, após uma disputada eleição presidencial. Os principais partidos da oposição boicotaram a votação, marcada pela alta abstenção.

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