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Venezuela propõe cúpula de países da América para "aproximação" com a região

12/01/2019 19h46

Caracas, 12 jan (EFE).- O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, propôs neste sábado uma cúpula de países da América para conseguir a "aproximação" e vencer a suposta "intolerância política" que, disse, existe na região contra o governo de Nicolás Maduro, cuja legitimidade não foi reconhecida por parte da comunidade internacional.

"Insistimos na proposta feita pelo presidente Nicolás Maduro de uma cúpula de presidentes, ou um grupo de países da região também, que facilitem a aproximação diante da intolerância ideológica que surgiu nos últimos anos", disse o chanceler.

Arreaza afirmou que este encontro poderia acontecer durante uma cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que realiza reuniões anuais desde 2013 e cuja presidência pro-tempore é ocupada por Salvador Sánchez Cerén, presidente de El Salvador e aliado de Maduro.

"Lá, Nicolás Maduro iria com a verdade da Venezuela, iria responder o que tem a responder com a Constituição da Venezuela na mão e com a legitimidade que o povo lhe deu", acrescentou o chanceler.

Maduro tomou posse na última quinta-feira diante do Supremo para um novo mandato como presidente da Venezuela, o que o manterá no cargo pelo menos até 2025, apesar dos pedidos de parte da comunidade internacional e da oposição para que não o fizesse e convocasse eleições "livres".

Treze dos 14 países do Grupo de Lima, críticos ao governo do presidente venezuelano, afirmaram há uma semana que não reconhecem a legitimidade de Maduro, que foi reeleito na votação realizada em maio do ano passado, por rotularem-na como "fraudulenta".

Além disso, a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá questionaram a legitimidade de Maduro, um ex-motorista de ônibus e ex-sindicalista de 56 anos que governa a Venezuela desde 2013.

Estas tensões diplomáticas ocorrem, além disso, em meio à grave crise econômica e política na Venezuela, que vive uma escassez generalizada, hiperinflação e um êxodo de mais de 3 milhões de pessoas, segundo cálculos da ONU. EFE

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