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Centenas de pais protestam após novo escândalo de vacinas vencidas na China

Arquivo: Autoridade supervisora a origem de vacinas em um hospital em Rongan, região sul de Guangxi, na China -
Arquivo: Autoridade supervisora a origem de vacinas em um hospital em Rongan, região sul de Guangxi, na China

12/01/2019 06h41

Centenas de pais protestaram na China após descobrirem que pelo menos 145 crianças receberam vacinas orais contra a poliomielite, na província de Jiangsu, fora do prazo de validade, de acordo com informações divulgadas neste sábado pela imprensa local.

As autoridades de saúde descobriram que um lote de vacinas contra a pólio, com data de vencimento em 11 de dezembro de 2018, estava sendo dada oralmente para as crianças em um centro de saúde de Jinhu.

Até o momento foi confirmado que pelo menos 145 crianças, entre 3 meses e 4 anos, receberam estas vacinas vencidas, embora a investigação siga em andamento e 17 funcionários já foram penalizados - demitidos ou expulsos do Partido Comunista da China - por este caso, segundo o jornal governista "Global Times".

Ontem, após tomar conhecimento do escândalo, uma grande multidão de pais se concentrou nas entradas dos edifícios governamentais de Jinhu, onde viveram momentos de grande tensão, para pedir explicações às autoridades, já que não se sabe com precisão para quantas crianças essas vacinas foram oferecidas.

Um dos pais, Wu Youjin, contou ao jornal independente "South China Morning Post" que sua filha de 15 meses sofreu reações depois de ter sido vacinada diversas vezes, entre elas uma contra a pólio, em maio do ano passado.

"O governo não foi capaz de fornecer soluções completas e sistemáticas sobre que medidas devemos tomar e quais as consequências se nos deram as vacinas (vencidas)", disse ao jornal.

Este novo escândalo acontece no meio da desconfiança existente entre os cidadãos chineses com seu sistema de saúde, que viveu outros casos de adulteração de medicamentos.

O último ocorreu em julho do ano passado, quando as autoridades detectaram que a farmacêutica Changsheng Bio-Technology tinha utilizado materiais fora da validade na elaboração de vacina anti-rábica liofilizado para materiais de uso humano e não registrava corretamente as datas ou os números de série dos produtos pelo menos desde 2014.

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