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Posse de Bolsonaro infla turismo cívico e afeta hotéis e aeroporto no DF

Vigilantes do Aeroporto de Brasília passaram por treinamento antiterrorismo - Divulgação/Facebook/Aeroporto de Brasília
Vigilantes do Aeroporto de Brasília passaram por treinamento antiterrorismo Imagem: Divulgação/Facebook/Aeroporto de Brasília
do UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

29/12/2018 04h00

Com público estimado de 250 a 500 mil pessoas, a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), marcada para 1º de janeiro de 2019, praticamente esgotou a oferta de hotéis de luxo em Brasília, segundo informações da Secretaria de Turismo do Distrito Federal.

Em relação a opções de hospedagem de padrão médio, restam poucas unidades à disposição. O DF tem 279 estabelecimentos como hotéis e pousadas, de todos os tipos e categorias, segundo levantamento produzido pelo Ministério do Turismo.

De acordo com a Secretaria de Turismo do governo do DF, a taxa de ocupação nos hotéis da cidade deve atingir mais de 85%.

A expectativa é corroborada pelo Sindhobar (Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Distrito Federal). Mesmo com o feriado, um a cada dez restaurantes de Brasília abrirá as portas no dia 1º de janeiro.

A iminência da posse de Bolsonaro vem mexendo não só com o cenário político da capital federal, mas também com o fluxo aéreo. De acordo com a concessionária Inframérica, há estimativa de 2.310 pousos e decolagens no período entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro.

O mês inteiro deve apresentar um aumento de 4% no número de passageiros em comparação com o mesmo mês do ano passado.

A Inframérica informou que, devido ao aumento da demanda, as polícias Federal, Militar e Civil vão aumentar o efetivo empregado no aeroporto --números, no entanto, não foram divulgados. O reforço estará presente do balão do aeroporto até a área de embarque, segundo a empresa. Todo o sítio aeroportuário também contará com o apoio do BPCães (Batalhão de Policiamento com Cães) e do BPTrans (Batalhão de Trânsito).

Treinamento antiterrorismo

Funcionários que atuam na vigilância do Aeroporto de Brasília foram submetidos a um treinamento de técnica antiterrorismo com o Exército brasileiro, informou a concessionária.

O esquema de segurança para a posse de Bolsonaro tem chamado atenção pela rigidez nas restrições de circulação e regras impostas aos jornalistas que vão trabalhar no evento.

Na última quinta (27), reportagem de "O Estado de S.Paulo" informou que a Polícia Federal vai investigar uma suposta ameaça de atentado terrorista durante a posse. De acordo com o jornal, o perigo estaria relacionado ao mesmo grupo que reivindicou ter colocado uma bomba em uma igreja de Brazlândia, na região administrativa do Distrito Federal, na madrugada do dia 25 de dezembro --o artefato foi desarmado pela Polícia Militar.

A Inframérica informou ter reforçado o efetivo dos funcionários de vigilância privada que atuam no Aeroporto de Brasília. O monitoramento de possíveis ações terroristas também é feito com o auxílio de cerca de 1.300 câmeras.

O Ministério do Turismo informou que, por medida de segurança, a festa da virada --tradicionalmente realizada na Esplanada dos Ministérios-- foi transferida para o estacionamento do estádio Mané Garrincha.

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