Nesta semana, a prisão do parlamentar Delcídio do Amaral (PT) chamou atenção no cenário político. No entanto, ele não foi o primeiro caso de um senador a ser preso durante exercício do mandato.
Como bem relembrou a reportagem do portal Eco Viagem, uma discussão dentro do Plenário do Congresso causou a morte do senador José Kairala (PSD-AC), que foi baleado no abdômen, e a prisão de dois senadores Arnon de Mello (PDC-AL) - pai do ex-presidente Fernando de Collor de Mello - e Silvestre Péricles (PTB-AL).
A fatalidade aconteceu na década de 1960. Durante um discurso, o senador Péricles ameaçou matar seu rival. A partir daí, o pai do atual senador Collor passou a usar uma 'Smith Wesson 38' em sua cintura. Em outra ocasião, Péricles chamou Arnon de "crápula" e partiu para cima dele com uma arma. Com o começo de um tiroteio, os senadores Kairala e João Agripino (tio do atual senador José Agripino, do DEM) se engalfinharam no chão com Péricles para lhe tirar a arma das mãos. Foi neste momento que Arnon disparou duas vezes contra o rival, os tiros atingiram acidentalmente Kairala, que foi levado em estado grave para o Hospital Distrital de Brasília e não resistiu.
Os senadores Arnon de Mello e Silvestre Péricles foram presos em flagrante. Seguindo as normas da Constituição, a prisão foi submetida ao voto de seus pares para ser aprovada. O senado aprovou por 44 votos a favor contra 4. No entanto, os parlamentares ficaram detidos por pouco tempo. Cinco meses após o assassinato, o Tribunal do Júri de Brasília julgou o caso e inocentou os dois.
(Com informações do Estadão e do Eco Viagem)
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