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Veja os 10 maiores grupos de carros do mundo -- e onde FCA-Renault ficaria

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do UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/05/2019 12h17Atualizada em 27/05/2019 18h14

Com a confirmação de que Fiat-Chrysler e Grupo Renault estão, de fato, na mesa de negociação para uma "fusão 50/50" (na qual nenhum dos grupos se torna controlador da outra parte), que pode ser concretizada sem muita demora, se os franceses acatarem os termos colocados pela aliança ítalo-americana, o mercado global de automóveis inicia a semana em polvorosa.

Essa chance de aliança surge na esteira de duas situações de "crises" internas, com grau de leve para média: a FCA ainda sofre sem a liderança de Sergio Marchionne, morto em julho de 2018, além do atraso no desenvolvimento de autônomos e eletrificados -- ainda que cresça no segmento premium e de SUVs ao redor do mundo e na China -- e mesmo no Brasil, com anúncio de R$ 16 bilhões em novos investimentos só na ultima semana.

Já a Renault (liderada pelo governo francês) sabe que a aliança com a Nissan pode naufragar na esteira do escândalo com Carlos Ghosn -- embora isso ainda seja apenas especulação e o acordo entre franceses e japoneses siga vigorando.

O novo grupo poderia entregar 9 milhões de unidades, em teoria, com força em todos os segmentos: poderia ser líder global de veículos elétricos (forte da Renault e deficiência da FCA), marcas premium (forte da FCA), SUVs (ambas forças combinadas em diferentes nichos), picapes (FCA tem vantagem) e veículos comerciais leves (ambas forças com algum protagonismo).

Mais: se fechado este grupo "FCA-Renault" (ou "Renault-FCA") poderia abalar justamente o atual terceiro colocado, que é a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que seria obrigada a se desfazer. Isso colocaria a nova estrutura na terceira posição, ainda longe da Toyota e da líder Volkswagen.

Claro, também poderia haver um interesse de Nissan e Mitsubishi em seguir unidas à Renault na nova estrutura. Neste caso, o mega-grupo mantido seria o maior do mundo, com 15 milhões de unidades em potencial.

Assim, UOL Carros traça o panorama atual das 10 principais marcas globais de automóveis e de quanto elas entregam, já dando ideia de como uma "FCA-Renault" se portaria. Os dados são do levantamento mais recente da Jato Dymanics, de março, mas que são relativos a todo o ano de 2018. Confira e opine!

Quem domina o mundo dos carros

  • Murilo Góes/UOL

    1. Grupo Volkswagen: 10,8 milhões

    Nem o escândalo do Dieselgate, nem o crescimento de rivais: em 2018, a Volkswagen foi novamente o maior grupo automotivo do planeta... e com alta: a multinacional com sede na Alemanha comercializou 10,8 milhões de unidades (+ 2%), somando todas as suas marcas subsidiárias (Volkswagen, Audi, Seat, Skoda, Porsche, Lamborghini, Bentley e Bugatti) e isso sem contar os veículos pesados (MAN/Volkswagen e Scania). Leia mais

  • Divulgação

    2. Grupo Toyota: 10,4 milhões

    Rival da Volkswagen na luta pelo topo do mundo, a Toyota também elevou suas vendas (1,2%) no último ano, mas manteve a segunda colocação, com 10,4 milhões de emplacamentos das as marcas Toyota, Lexus e Daihatsu. Fase atual do grupo envolve pesquisa de carros autônomos (Lexus) e implantação de projeto global e amplo de veículos híbridos, inclusive no Brasil, onde RAV4 Hybrid já chegou e Hilux/SW4 e Corolla estão na fila. Leia mais

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    3. Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi: 10,3 milhões

    Chefiado por Carlos Ghosn até sua prisão no final de 2018, o conglomerado é o terceiro mais forte em vendas globais de automóveis, com 10,3 milhões de automóveis vendidos (alta de 0,9%), somando o Grupo Renault (que ainda tem marcas na Romênia, Rússia e Coreia do Sul), Nissan, Infiniti e Datsun, além da Mitsubishi. Internamente, incluindo ainda veículos comerciais, a aliança afirma ser líder global, mas a questão com Ghosn e problemas na relação entre Nissan e Renault (com impacto inclusive no Brasil) podem estremecer relação. Leia mais

  • Vitor Matsubara/UOL

    4. General Motors: 8,6 mihões

    Os Estados Unidos podem ter força política e econômica, mas o maior grupo do país em termos de vendas, a GM, é "só" a quarta colocada (queda de 4%) na lista mundial, com 8,6 milhões de automóveis, somando as marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick. A ação já tomada para crescer e aparecer é focar tudo na China: as decisões da marca estão sendo tomadas no país socialista e até mesmo a nova linha brasileira foi pensada por lá. Leia mais

  • Murilo Góes/UOL

    5. Grupo Hyundai-Kia: 7,4 milhões

    Sozinhas, as duas parceiras coreanas Hyundai e Kia foram responsáveis, juntas, por 7,4 milhões de carros comercializados (alta de 1,4%). Leia mais

  • Reprodução

    6. Ford: 5,6 milhões

    A Ford está em crise pesada de vendas, mas também de modelo de negócios não só no Brasil, onde fecha vagas e fábricas, mas ao redor do mundo. Em 2018, encolheu 10,4% e entregou apenas 5,6 milhões de unidades somando as marcas Ford e Lincoln. Como reagir? A marca tenta lançar nos SUVs, ficar na China e apostar em elétricos. Leia mais

  • Divulgação

    7. Grupo Honda: 5,2 milhões

    Operando praticamente de modo isolado -- sua única subsidiária é a Acura --, a japonesa Honda perdeu 0,6% e entregou 5,2 milhões de carros de passeio no mundo no último período. A marca ainda corre para ter modelos eletrificados e tecnologia autônoma -- além de apostar muito em SUVs, claro, até mesmo no Brasil. Leia mais

  • Murilo Góes/UOL

    8. Fiat-Chrysler (FCA): 4,8 milhões

    Fusão de fabricantes italiana e americana tem dado certo, mas sofre o baque desde a morte do CEO global Sergio Marchionne: a FCA vendeu 4,8 milhões de veículos (quase estável há três anos, com leve queda de 0,2% em 2018), contabilizando Fiat, Chrysler, Jeep, Dodge, RAM, Alfa Romeo, Maserati e Lancia (a Ferrari não participa do grupo). A fusão com a Renault pode alavancar totalmente a aliança: renderia carros e tecnologias que a FCA não tem e elevaria sobremaneira as vendas. Leia mais

  • Johannes Eisele/AFP

    9. Peugeot-Citröen e Opel (PSA)

    Apesar de ter dinheiro da gigante chinesa Dongfeng -- e apesar do bom retorno de vendas da Opel -- a PSA perdeu 3,8% de mercado em 2018, sobretudo por quedas na China. Foram 4,1 milhões de unidades de Peugeot, Citröen, DS e Opel. Leia mais

  • Divulgação

    10. Suzuki-Maruti: 3 milhões

    Isolada em meio à teia de conglomerados internacionais, a Suzuki segue em alta: cresceu 5% no ano passado e registrou 3 milhões de unidades, com renovação da linha e fortíssima participação na Índia, onde sua subsidiária Maruti detém mais de 50% do mercado. Leia mais

  • Arte UOL Carros

    FCA-RENAULT: 3ª FORÇA OU LÍDER?

    Com negociação avançada confirmada nesta segunda-feira (27), o agrupamento entre FCA e Grupo Renault teria capacidade teórica de entregar 9 milhões de unidades e investir 5 bilhões de euros em novas tecnologias por ano. Isso desmancharia a Renault-Nissan-Mitsubishi? Muito provavelmente, sim, o que levaria uma estrutura a substituir a outra. A "sobrevivente" Nissan-Mitsubishi teria cerca de 6,5 milhões de unidades, ficando atrás de Hyundia e à frente da Ford. Ou, no caso de uma (ainda improvável) aceitação de todas as partes, poderia surgir um mega-grupo FCA-Renault-Nissan-Mitsubishi, com 15 milhões de unidades e líder global. Leia mais

Fonte: Jato Dynamics

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