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Nove marcos dos gibis para lembrar no Dia do Quadrinho Nacional

do BOL

30/01/2018 08h08

Na história mais recente dos quadrinhos, nomes de brasileiros como Marcello Quintanilha, Marcelo D'Salete, Rafael Grampá, Fábio Moon e Gabriel Bá ganham destaque, inclusive em contexto internacional. Porém, antes deles, precursores importantes permitiram ao mercado nacional crescer e aparecer.

No Dia do Quadrinho Nacional, celebrado nesta quarta (30), confira histórias, personagens e autores que marcaram os gibis brasileiros.

  • Reprodução/Quadrinhos Wordpress

    Primeiro no Brasil

    A primeira história em quadrinhos brasileira foi feita pelo italiano Angelo Agostini e publicada pelo jornal Vida Fluminense em 1869. A obra recebeu o título de "As Aventuras de Nhô Quim" e era uma história sequencial, em dois episódios, que mostrava a saga de um jovem caipira de 20 anos em visita a corte do Rio de Janeiro. O Dia do Quadrinho Nacional, aliás, é celebrado, desde 1984, em 30 de janeiro exatamente por ser a data de publicação de Nhô Quim

  • Reprodução/Diney Insight Insano

    "Tico-Tico"

    Também obra de Angelo Agostini, a revista foi lançada em 1905 voltada para o público infantil com uma mistura de quadrinhos, passatempos, contos e mensagens educativos. O sucesso foi grande e a publicação circulou por 54 anos. Antes de "Tico-Tico", porém, o italiano já havia lançado outra obra no Brasil, "As Aventuras de Zé Caipora", em 1883

  • Reprodução/Colecionadores de HQs

    Gibi - a origem do nome

    Inicialmente a palavra gibi era usada para se referir a meninos negros, porém perdeu esse sentido conforme ganhou força ao ser associado a revistinhas de histórias em quadrinhos. Tudo começou com a publicação da primeira edição de "Gibi", revista da editora Globo, lançada por Roberto Marinho para competir com a publicação "Mirim", de Adolfo Aizen, em abril de 1939. O nome era uma referência ao menino da capa, que tem sua história contada na terceira edição. A obra trazia uma gama diversa de personagens. Até então, as revistinhas eram chamadas de historietas

  • Reprodução/Designices

    "O Amigo da Onça"

    Publicada pela primeira vez em 1943 como uma charge de página inteira na revista Cruzeiro, as histórias de "O Amigo da Onça" eram repletas de piadas sarcásticas e politicamente incorretas que saíram semanalmente por 17 anos ininterruptos. O criador original da série foi Péricles De Andrade Maranhão, diretamente de Recife, aos 19 anos. Após cometer suicídio no Réveillon de 1961, asfixiado por gás de cozinha e deixando sua última dose de humor sarcástico em um bilhete na porta com os dizeres "por favor, não risquem fósforos", ele foi substituído por Carlos Estêvão por alguns anos e mais tarde, nos anos 90, por Jal & Kipper. Seu tipo de humor foi o embrião que culminou com o surgimento posterior de personagens como os Fradinhos, de Henfil, e dos Skrotinhos, de Angeli. "O Amigo da Onça" tornou-se tão popular que além de expressão popular, virou até máscara de Carnaval

  • Divulgação/MSP

    Turma da Mônica

    A importância da personagem é incontestável. Em 1970, Mônica nº 1 teve uma tiragem de 200 mil exemplares, representando um salto enorme, por exemplo, em comparação a Pato Donald nº 1 com 80 mil exemplares em 1950. Em 2007, a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) elegeu Mônica como sua primeira e única personagem embaixadora por conta de seu papel como grande geradora casual de leitores. "O gibi é a cartilha informal que as crianças têm fora da escola", ponderou o criador Mauricio de Sousa. Em 2008, foi lançada a Turma da Mônica Jovem (TMJ), voltada para adolescentes, e o sucesso foi tão grande que ultrapassou as vendagens de gibis norte-americanos, como Liga da Justiça. O êxito é tanto que Mônica já viajou para mais de 50 países. "Hoje a revista TMJ é a mais vendida no Ocidente. A gente só perde para algumas revistas japonesas", contou o orgulhoso papai Mauricio, ao blog da Saraiva, que afirma ainda abocanhar 85% do mercado de quadrinhos nacional

  • Divulgação

    Ziraldo

    O pai do Menino Maluquinho, bem como uma série de outros personagens, também contribuiu para a popularização dos gibis no Brasil. Em 1960, ele lançou "A Turma do Pererê", a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um único autor e com uma novidade ainda maior: em cores e produzida totalmente no país!

  • Reprodução/UOL

    Disney no Brasil

    As histórias em quadrinhos no Brasil possuem um histórico intrínseco à presença da Disney no país. O blog da Saraiva destaca que, segundo Paulo Maffia, editor infanto-juvenil e responsável pela publicação da Disney no Brasil, o país era o que mais produzia histórias da Disney. Inclusive, muitos personagens nasceram aqui, como Morcego Vermelho, Biquinho e Afonsinho. Além disso, personagens "importados" foram adaptados ao universo verde e amarelo ganhando novas características e histórias aqui, é o caso de Urtigão, que ganhou todo um universo, casa e companheira e também de Margarida, que passou a ser considerada a frente de seu tempo com sua versão brasileira que a mostrava como uma mulher trabalhadora e independente. Segundo Maffia, os quadrinhos da Disney pararam de ser publicados nos EUA, mas seguem no Brasil como porta de entrada para jovens leitores

  • Reprodução/Livre Opinião

    Personagens de Henfil

    Henrique de Souza Filho, o Henfil, começou a trabalhar como cartunista e quadrinista na Revista Alterosa, para a qual criou os personagens Os Fradinhos, que usava para ironizar a educação religiosa. O destaque foi tanto que, em 1970, Os Fradinhos ganharam revista própria. Já a personagem Graúna era analfabeta e sabida, usada para falar dos problemas de desigualdade social, seus companheiros, o bode Orelana e o cangaceiro Zeferino, traziam, igualmente, fortes críticas e posicionamentos políticos, uma marca forte que Henfil, conhecido pela luta contra a ditadura militar, trouxe para os quadrinhos nacionais

  • Reprodução/Mercado Livre

    Personagens de Angeli

    É dele a revista "Chiclete com Banana", de 1983, considerada uma das publicações mais importantes de quadrinhos adultos editados no Brasil até hoje. Trabalhou em revistas, jornais e também de forma independente, lançando personagens marcantes, como Benevides Paixão, Mara Tara e Rê Bordosa

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