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Manchetes sangrentas: os apelidos mais assustadores de serial killers

Do BOL

12/04/2018 09h35

No livro "Serial Killers - Anatomia do Mal", o escritor Harold Schechter, renomado por suas obras sobre crimes verídicos, explica por que as pessoas têm uma tendência a mitificar assassinos em série - ou seja, não os vemos como criminosos predadores, mas como criaturas sobrenaturais e malignas.

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De acordo com o autor, nosso gosto por classificar serial killers como "monstros", "demônios" e afins vem de longa data. Estudiosos acreditam que até mesmo as criações de lendas sobre vampiros e lobisomens em séculos passados eram, na verdade, uma tentativa de a população tentar explicar assassinatos brutais e abomináveis. Afinal, um assassinato a facadas seguido de canibalismo, necrofilia e desmembramento do corpo só poderia ser cometido por criaturas sobrenaturais diabólicas.

Atualmente, diz o escritor, essa tendência é "reforçada pelo hábito da mídia de identificar assassinos em série com apelidos chamativos". Confira a seguir alguns dos serial killers que ganharam apelidos assustadores, alcunhas à altura dos crimes horripilantes que praticaram. 

  • Rebel Circus

    Besta Louca

    Nascido em 1936 na Ucrânia, Andrei Chikatilo era aparentemente um homem normal. Professor, pai de família com jeito tímido e fala mansa, ele era, por baixo dessa máscara de bom homem, um pedófilo canibal. Após ser demitido de uma escola por molestar menores, Andrei cometeu seu primeiro assassinato, aos 42 anos, em 1978 (uma menina de nove anos). Por causa de sua predileção por estripar as vítimas e comer seus órgãos, o assassino ficou conhecido como "Açougueiro de Rostov". Ao ser preso, em 1990, Chikatilo confessou o assassinato de 53 vítimas (a maioria crianças) e, durante seu julgamento, fez uma declaração que lhe valeu uma nova alcunha: "Eu sou uma aberração, uma besta louca". Ele foi executado em 14 de fevereiro de 1994.

  • Reprodução

    Canibal de Milwaukee

    Um dos serial killers mais sombrios da história, Jeffrey Dahmer era um assassino de homossexuais que praticava uma série de atos macabros com suas vítimas nos EUA. Além de torturá-las com ácido, o assassino tentava praticar lobotomia perfurando suas cabeças com uma furadeira elétrica. E se isso já não fosse assustador, as atitudes mais bizarras de Dahmer aconteciam após a morte das vítimas. Ele praticava necrofilia com os cadáveres e cortava partes para comer cozidas. Dahmer foi preso em 1991 após uma de suas vítimas escapar de sua "câmara dos horrores" e alertar a polícia. Os oficiais encontraram restos mortais de 11 vítimas em sua casa em Milwaukee, no estado do Wisconsin (incluindo três cabeças). Preso após confessar 17 homicídios, Dahmer foi morto em 1994, após ser espancado até a morte por outro prisioneiro.

  • Reprodução

    Filho de Sam

    O apelido do assassino David Berkowitz aparentemente não é tão assustador, mas chama a atenção pelo fato de ele mesmo ter criado a alcunha. Durante o período em que aterrorizou Nova York, em 1977, atirando em belas jovens a esmo pelas ruas (a maioria prostitutas indefesas durante a madrugada), Berkowitz escrevia cartas com conteúdo sanguinário e as enviava à imprensa. Nelas, ele dizia ser o "filho de Sam", uma entidade demoníaca que tinha sede de sangue e que o obrigava a matar pessoas. Condenado à prisão perpétua, Berkowitz continua preso em Nova York.

  • Reprodução

    Gorila Assassino

    Fanático religioso obcecado pelas "Escrituras", sobretudo pelo "Livro do Apocalipse", Earle Leonard Nelson foi um terrível serial killer dos anos 20. O assassino vagava pelos Estados Unidos estuprando e matando mulheres estranguladas. O apelido de "Gorila Assassino" surgiu após testemunhas fornecerem sua descrição: baixinho atarracado, de testa inclinada e mãos gigantes e desproporcionais. Preso, Nelson foi enforcado em 1927, abraçado com a Bíblia.

  • Reprodução

    Lobisomem de Bedburg

    Peter Stubbe (ou Stumpp), da Renânia, foi um dos mais notórios "lobisomens" do século 16. Acredita-se que o homem matou duas mulheres, um homem adulto e 13 crianças (incluindo um filho seu), até ser capturado em 1589. Os ataques eram ferozes: Stubbe gostava de comer os corações das vítimas ainda palpitantes. Quando foi capturado, as autoridades alemãs quiseram punir o assassino de forma brutalmente exemplar. Ele foi amarrado a uma "roda da tortura", teve o corpo rasgado por ferro em brasa, os membros esmagados e foi decapitado em praça pública.

  • Reprodução

    Menino Demônio

    O psicopata juvenil Jesse Harding Pomeroy, de 14 anos, matou duas crianças em Boston, nos Estados Unidos, em 1872. O crime mais bárbaro do jovem, que lhe rendeu o apelido macabro de "Menino Demônio", foi contra um garoto de apenas 4 anos: Pomeroy cortou a garganta e furou os olhos do menino com um canivete. Preso e condenado, Pomeroy foi sentenciado à morte, o que resultou em um debate sobre se era correto ou não enforcar um menor. A pena acabou sendo comutada para prisão perpétua na solitária.

  • Wikimedia

    Monstro dos Andes

    O colombiano Pedro López é possivelmente o serial killer que matou o maior número de vítimas na história. Atuando entre Colômbia, Peru e Equador, o assassino estuprava e estrangulava meninas. Ao ser preso por um destes crimes, o assassino se confessou a um companheiro de cela (na verdade, um padre infiltrado). Pedro disse que havia matado mais de 300 vítimas. As autoridades só se convenceram de que o criminoso falava mesmo a verdade quando ele levou os policiais a uma área isolada onde foram encontrados restos mortais de 53 meninas na faixa etária de oito a 12 anos. No fim, o "Monstro dos Andes" foi condenado à prisão perpétua no Equador por 110 assassinatos. Vale lembrar que, em números oficiais, Pedro ainda fica atrás de um conterrâneo seu: Luis Alfredo Garavito foi acusado por 140 assassinatos.

  • Reprodução / Freebase Public domain

    Perseguidor da Noite

    Richard Ramirez assombrou a cidade de Los Angeles de 1984 a 1985. Ele invadia as casas à noite (o que lhe valeu o apelido de "Perseguidor da Noite") e então atirava contra os homens e estuprava e torturava as mulheres até a morte, independentemente da idade ou etnia (ele chegou a estuprar uma vítima de mais de 80 anos). Aos ser preso, em agosto de 1985, Ramirez disse que era protegido por satã. Em seu julgamento, ele apareceu com pentagramas desenhados nas mãos. Condenado por 13 assassinatos, Ramirez viveu no corredor da morte da prisão de San Quentin até 2013, quando morreu de insuficiência hepática enquanto aguardava a execução.

  • Reprodução/Criminal Wiki

    Vampiro de Hanôver

    Fritz Haarmann foi um serial killer famoso da Alemanha. Nascido em 1879, ele se tornou um molestador de crianças ainda na adolescência. Após a Primeira Guerra Mundial, Haarmann começou a atacar jovens refugiados de diversos países do combalido continente europeu. Ele abordava garotos miseráveis e oferecia pratos de comida e dinheiro em troca de favores sexuais. Ao chegar ao clímax sexual, Haarmann abocanhava o pescoço das vítimas e o rasgava com os dentes. Indiciado por 27 assassinatos, o "Vampiro de Hanôver" foi executado por decapitação na prisão em 1925. No início dos anos 90, um caso similar de assassino "vampiro" chocou o Brasil: o "Vampiro de Niterói", Marcelo Costa de Andrade, assassinou 14 meninos.

  • Reprodução

    O assassino mais perverso da história

    Dentre os mais abomináveis serial killers de todos os tempos, Albert Fish se destaca como um criminoso especialmente diabólico. Assassino pedófilo que sentia satisfação sexual torturando as pequenas vítimas, ele também praticava canibalismo e necrofilia. Fish é suspeito de ter assassinado ao menos 15 vítimas. Não à toa, o homem que cometeu tamanhas atrocidades nos Estados Unidos dos anos 20 recebeu alcunhas das mais variadas, como "Lobisomem de Wysteria", "Vampiro do Brooklyn" e "Bicho-Papão", além de "Maníaco da Lua". Albert Fish foi preso já idoso pelo assassinato da pequena Grace Budd, de 11 anos, considerado seu crime mais chocante. Fish foi preso após enviar uma carta à mãe da garota, em que detalhava como matou a menina, cortou uma parte das costas e assou no forno. Preso após a polícia rastrear a carta, ele foi eletrocutado em 1936, aos 65 anos.

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