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Ideias de Carille tomam forma após retorno e quatro jogos disputados; veja

do UOL

Do UOl, em São Paulo

30/01/2019 11h00

O técnico Fábio Carille voltou ao comando do Corinthians há quase quatro semanas e busca, em meio aos primeiros jogos da temporada, colocar em prática características marcantes da sua primeira passagem.

Depois de quatro partidas disputadas em 2019, um amistoso contra o Santos e três duelos pelo Campeonato Paulista, o Corinthians começa a mostrar traços do estilo de jogo de Carille, embora os resultados, visto como segundo plano pelo técnico, ainda estejam longe do ideal - a equipe venceu um jogo, empatou outros dois e perdeu do Guarani.

Algumas características mostradas pelo novo Corinthians se assemelham às mostradas, por exemplo, na temporada 2017, marcada pelos títulos paulista e brasileiro. Em agosto daquele ano, o UOL Esporte mostrou, por meio de imagens, como a equipe de Carille se portava em campo diante dos adversários.

Agora, a reportagem voltou a analisar alguns lances das partidas disputadas em 2019 e reuniu sete situações de jogo que remetem às ideias que Carille busca implantar. Nesta quarta-feira, o time alvinegro terá mais um teste ao enfrentar o Red Bull, em Itaquera, pelo Campeonato Paulista - o jogo começa às 19h15.

  • Primeira linha organizada

    Especialista em organização defensiva, Carille começou o trabalho atual da mesma maneira que a temporada 2017: em busca da solidez na zaga. Para isso, um dos requisitos é manter a primeira linha do time sempre próxima e alinhada. Na foto, Fagner, Marllon, Henrique e Danilo Avelar se posicionam dessa forma no duelo com o São Caetano.

  • Compactação com linhas próximas

    Outro ponto implantado para dificultar as investidas dos adversários é a compactação, com duas linhas de quatro bem próximas. Tal característica foi vista novamente contra o São Caetano. Na segunda linha, os dois pontas recuam, juntando-se à dupla de volantes. Mais à frente, Jadson e Gustagol ficam mais soltos, embora precisem marcar também.

  • Triangulação no ataque

    Na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, o Corinthians construiu a jogada do gol após um lance em que Pedrinho e Fagner tabelaram até o meia chegar à linha de fundo. No primeiro tempo do duelo, o time conseguiu arrancar um cruzamento perigoso depois de uma triangulação entre ponta, lateral e meia - ou Pedrinho, Léo Santos e Araos, respectivamente.

  • Chegada em bloco no ataque

    O gol marcado por Gustagol diante da Ponte Preta no último sábado mostra bem como o Corinthians de Carille busca chegar ao ataque em bloco. Isso dificulta a marcação adversária. Note que no momento em que o centroavante se prepara para finalizar, o meia Jadson também está em condições de concluir à meta, sem marcação alguma.

  • Intensidade com marcação no campo de ataque

    Assim como aconteceu em 2017, o Corinthians flerta com a pressão na saída de bola. A ideia é buscar a posse de bola e não deixar o adversário ter tranquilidade para iniciar uma transição ao ataque. Nesse lance, a estratégia deu certo. Gustavo Silva atacou a bola, e o time recuperou a posse para em seguida buscar situações de gol.

  • Recuo dos "pontas"

    Outra estratégia já colocada em prática pelo Corinthians é o recuo dos pontas. Nesse caso, o atacante Gustavo Silva fica lado a lado com o lateral esquerdo Danilo Avelar no duelo com o Guarani. A formação de uma linha de cinco atletas permite que o time de Carille tenha quatro defensores na área, aumentando a proteção à meta defendida por Cássio.

  • Superioridade numérica e chegada do volante

    Outra marca da equipe campeão estadual e brasileira em 2017 é a chegada constante do segundo volante ao ataque. No primeiro confronto do ano isso aconteceu, com Ramiro, que arriscou chute da entrada da área. Na jogada, a zaga do Santos, desorganizada, assiste à jogada de ataque do Corinthians, marcada também pela superioridade numérica - nesse caso, eram cinco corintianos contra quatro santistas.

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