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12 fatos sobre a trajetória de Marieta Severo

Dadá Cardoso/Folha Imagem
Imagem: Dadá Cardoso/Folha Imagem

02/11/2018 08h00

A atriz Marieta Severo chega aos 72 anos nesta sexta-feira (2/11/2018). Você sabia que a eterna Dona Nenê, além de ser ex de Chico Buarque, foi registrada no dia errado por vontade do pai, tem um currículo extenso com diversas premiações e homenagens e ainda nutre uma amizade intensa com Andrea Beltrão? Confira esses e outros fatos sobre a artista.


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  • Reprodução/TPM/Arquivo Pessoal/Montagem BOL

    Era uma vez

    Desde pequena, a vocação de Marieta Severo já estava clara. "Eu era a contadora de histórias oficial da escola. Quando faltava uma professora em outra turma, falavam: 'Chama a Marietinha para contar história!' O que eu fazia naquela época tem a ver com o que faço hoje: contar histórias", relembrou em conversa com o Memória Globo. As tramas compartilhadas desde então já foram muitas. No currículo, a atriz carrega mais de 30 peças de teatro, 40 filmes e 20 novelas e programas de TV

  • Frederico Rozário/Folha Imagem

    Registro

    Uma curiosidade sobre a vida da atriz é que apesar de ter nascido no dia 2 de novembro, Marieta só foi registrada no dia 3, pois seu pai não queria que houvesse comemoração no Dia dos Mortos

  • Ana Ottoni/Folhapress

    Pés no chão

    Filha de um advogado e uma professora de inglês, Marieta Severo tinha um sonho: tornar-se bailarina. Ela chegou, inclusive, a estudar balé clássico por muitos anos. Contudo, sem outra pessoa da família no meio artístico, ela deixou de lado o sonho da dança e passou a estudar para ser professora primária, mas no meio do caminho conheceu o Teatro Tablado e não teve como conter a sua verdadeira vocação

  • Paulo Belote/Divulgação/TV Globo

    Baseado em fatos reais? Parece que não!

    Em 1966, Marieta estreou na Globo com a novela "O Sheik de Agadir", de Glória Magadan. A novela fez um sucesso estrondoso para a época e, nela, a atriz dava vida a uma jovem princesa árabe. A trama trazia uma série de assassinatos cometidos por um assassinato misterioso intitulado "Rato", que aparecia em cena apenas como um par de luvas negras. A Globo chegou a promover um concurso para que o público tentasse adivinhar a identidade do criminoso, mas ninguém apostou na personagem de Marieta. "O maravilhoso das histórias de novelas dessa época é que não tinham qualquer compromisso com a realidade. Portanto, mesmo não tendo o menor físico para matar, por enforcamento, aqueles agentes nazistas, a minha personagem, Éden, foi a escolhida para ser o misterioso Rato. Esta foi a minha primeira vilã", falou a atriz ao UOL

  • Folhapress

    Chico Buarque

    Os dois foram casados de 1966 a 1999. Eles se conheceram quando a atriz se apresentava no espetáculo "O Bicho". Os mais de 30 anos em que estiveram juntos, resultaram em parcerias artísticas, mas também em três herdeiras: Sílvia, Helena e Luísa. Mesmo após a separação, os dois continuaram amigos, fazendo questão de passar datas comemorativas em família. "O casamento da minha vida foi esse, com o Chico. Não tenho necessidade de morar junto. O [diretor de teatro] Aderbal [Freire Filho, com quem a atriz se relaciona desde 2004] tem uma sabedoria, uma inteligência e um respeito em relação a isso que é exemplar, uma maravilha", comentou em entrevista à revista Gol

  • Divulgação

    Trabalhos

    Além das parcerias com Chico Buarque, entre elas a primeira peça do cantor e um verdadeiro marco na história do teatro no Brasil, "Roda Viva", Marieta carrega no currículo uma série de obras seja no teatro, no cinema ou na TV. Estão entre os trabalhos dela nesses diferentes meios: "O Sheik de Agadir", "Anastácia, a Mulher Sem Destino", "O Homem Proibido", "E Nós, Aonde Vamos?", "Chuvas de Verão", "Ópera do Malandro", "Bye Bye Brasil", "Bandidos da Falange", "Champagne", "Vereda Tropical", "Pátria Minha", "Laços de Família", "Ti-Ti-Ti", "Que Rei Sou Eu?", "Deus nos Acuda", "Verdades Secretas", "A Grande Família", "O Outro Lado do Paraíso", "O Homem da Capa Preta", "Com Licença, Eu Vou à Luta", "Sonho Sem Fim", "Carlota Joaquina, Princesa do Brasil", "Cazuza, O Tempo Não Para", "Todas as Mulheres do Mundo", "Leila Diniz", "Faca de Dois Gumes", "O Corpo", "Guerra de Canudos", "Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme", "Um Copo de Cólera", "Villa-Lobos, uma Vida de Paixão", "As Três Marias", "A Dona da História", "Quincas Berro D´Agua", "As Centenárias", "No Natal a Gente vem te Buscar", "A Aurora da Minha Vida", "Um Beijo, um Abraço, um Aperto de Mão", "Cenas de Outono", "A Estrela do Lar", "A Dona da História" e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf"

  • Folhapress

    Exílio

    Ao estrear no musical "Roda Viva", em 1968, de autoria do então marido, Chico Buarque, expôs sua personalidade e opinião em um espetáculo que criticava duramente o regime militar. Ela e o cantor entraram, então, na mira dos agentes do governo. Grávida da filha Silvia, ela acompanhou Chico ao lançamento de um álbum em Roma e assim que o casal recebeu notícias da situação no Brasil, optou pelo autoexílio, permanecendo alguns anos na Itália

  • Divulgação/TV Globo

    Dona Nenê

    Durante cerca de 14 anos, Marieta Severo deu vida à companheira de Lineuzinho (Marco Nanini) em "A Grande Família". Ao conversar com o site Divirta-se Mais, em 2014, pouco antes do fim do seriado, ela refletiu sobre a relação com a personagem: "Ela habita em mim de uma forma avassaladora, definitiva e determinante. Não há mais um filtro. Quando eu recebo o texto, não tenho que ficar pensando para saber como ela reagiria. Ela já se comporta, já sente". No entanto, desvincular-se do papel anterior demandou esforço. Se como Alma, em "Laços de Família", ela vivia uma mulher rica, fina e elegante, para "A Grande Família", Marieta aceitou enrolar o cabelo e usar roupas simples e coloridas. Em determinado momento, chegou a gravar para as duas produções simultaneamente. Dona Nenê foi a personagem mais longa da carreira da atriz, que, até então, tinha o recorde de quatro anos, em um trabalho feito no teatro

  • Helvécio Ratton/Divulgação

    Premiações

    Entre as diversas conquistas da atriz, vale destacar que em 1986, foi homenageada no Festival de Gramado, por sua atuação nos filmes "O Homem da Capa Preta", "Com Licença, Eu Vou à Luta" e "Sonho Sem Fim". Em 2002, novamente no evento, recebeu o Troféu Oscarito por conta de sua trajetória. Em 2014, conquistou o prêmio de Melhor Atriz do Ano pela APTRJ (Associação de Produtores de Teatro do Rio) com sua interpretação de Nawal, na peça "Incêndios". Em 2015, foi a vez de levar o reconhecimento de Melhor Atriz da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) com o papel de Fanny Richard na novela "Verdades Secretas"

  • Folhapress

    Palco de amigas

    Marieta fundou, juntamente com a amiga Andrea Beltrão, o Teatro Poeira, no Rio de Janeiro em 2005. A forte relação entre as duas surgiu durante a peça "A Dona da História" e, ao optarem lançar o projeto juntas, cuidaram da reforma do sobrado escolhido como local com recursos próprios. A estreia do espaço ficou marcada pelo espetáculo "Sonatas de Outono"

  • Christian Gaul

    Viva a liberdade

    Ao acompanhar o Festival de Cinema de Gramado deste ano, Marieta falou sobre a democracia ao site de Heloisa Tolipan. "O cidadão tem o poder de se mostrar politicamente e tem que usar isso da maneira que achar mais conveniente e de acordo com os seus pensamentos. Não importa quais sejam, porque não há nada mais precioso do que a chamada democracia. Algumas pessoas acham que outras formas podem resultar em algo positivo, mas não é verdade. Temos que cuidar deste nosso bem e nos manifestarmos sempre", opinou

  • Divulgação/ Revista Dia-a-Dia

    Diferentes meios

    "Nestes 51 anos de profissão, eu tive a sorte de transitar pelos três meios. Isto começou desde a minha estreia, na verdade. No mesmo ano que comecei, fiz cinema ensaiando para o teatro e em seguida fui fazer novela. Já me abriram desde sempre estas portas. Acho que, na verdade, transitar por estes formatos é o melhor que o ator pode fazer, porque cada um exige de uma forma diferente. Uma coisa alimenta a outra", comentou a atriz em agosto deste ano ao conversar com o site Heloisa Tolipan. Ao falar sobre os desafios para o site Memória Globo, Marieta minimizou as diferenças e exaltou seu objetivo: "Eu gosto de uma grande história, com um personagem muito bem construído, com material muito bom. E esse material pode estar em qualquer formato. Minha perseguição é sempre a qualidade do que eu faço, seja em televisão, cinema ou teatro"

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