Seis fatos sobre a trajetória de Beatriz Segall
A eterna Odete Roitman morreu em 5 de setembro de 2018, aos 92 anos. Nascida em 25 de julho de 1926, a dama da TV e do teatro, teve uma história de sucessos. Confira episódios marcantes de sua trajetória.
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Professora
Filha de professores, Beatriz também lecionava quando jovem. Ela conciliou a profissão com a paixão por atuar, inicialmente em peças amadoras, e passou a estudar teatro na década de 1950. Na imagem, ela aparece ao lado de Fábio Junior na novela "Água Viva"
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Paris e amor
Beatriz Segall passou um tempo fora do Brasil, morando na França, para estudar. Logo depois de ter voltado, casou com o pintor Maurício Segall. Nessa época, deixou as artes cênicas de lado para se dedicar à família, o marido e os três filhos, frutos da relação: Sérgio, Mário e Paulo. Ela só voltou para os palcos depois de um intervalo de cerca de 10 anos. Em 1970, viu o marido ser preso por fazer parte de um grupo que fazia oposição à ditadura
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Teatro
Como atriz, Beatriz Segall tem uma extensa história no teatro. Algumas de suas peças mais marcantes são "Emily e Lillian", "O Manifesto" e "À Margem da Vida". Em um começo de carreira promissor, ela foi integrante da companhia de teatro de Henriette Morineau, Os Artistas Unidos. Já ao lado do marido, Maurício, recuperou o Teatro São Pedro, em São Paulo
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"Vale Tudo"
Entre os vários trabalhos da atriz, uma cena que ficou no imaginário popular foi veiculada pela primeira vez em 24 de dezembro de 1988. A vilã Odete Roitman, uma das mais lembradas da teledramaturgia brasileira, levou três tiros à queima roupa e um grande mistério tomou conta do país: quem havia matado a megera? Até hoje, Beatriz é referência por sua atuação na trama. Ela esteve também em novelas como "Dancin' Days" (1978), "Pai Herói" (1979), "Barriga de Aluguel" (1990), "Lado a Lado" (2012), entre outras. Seu último trabalho na TV foi em 2015, em "Os Experientes"
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Mágoa
Em 2014, a atriz soltou o verbo sobre sua relação com a Globo. "Nunca fui contratada pela Globo. Sempre trabalhei por obra. Eles nunca me ofereceram e eu não procurei. A Globo nunca me deu importância", desabafou ao UOL. "Até os anos 1960, 1970, os atores estudavam muito. Hoje, eu acho que estudam menos. Basta ser bonitinha e aparecer 15 minutos na televisão. A prova disso é que os elencos de antigamente eram melhores. Hoje seria difícil fazer 'Água Viva' e 'Vale Tudo', por exemplo", disse, revelando que na época da entrevista ligava a TV apenas para assistir ao noticiário. Sobre o salário, ela ainda afirmou à revista Joyce Pascowitch que não recebia tanto assim: "Quando fiz 'Vale Tudo', ganhava muito pouco, R$ 40 mil, enquanto as outras [protagonistas] recebiam R$ 80 mil"
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Novamente professora
Atualmente, Beatriz Segall voltou a lecionar. Agora, para dar aulas de interpretação em sua própria casa. Com cerca de 70 anos de carreira, ela garantiu, em entrevista ao UOL, fazer isso por prazer. "Minha intenção é preparar atores e ser coacher. Coacher existe muito nos Estados Unidos e na Inglaterra. São pessoas que fazem o ator realizar aquilo que o diretor quer" disse a Daniel Castro em 2014
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