13 fatos sobre o caso real do exorcismo de Emily Rose
do BOL
21/09/2017 10h00
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Imagem: Reprodução/Imgur Imagem: Reprodução/Imgur Vida real
A jovem alemã Anneliese Michel nasceu em setembro de 1952 e tinha apenas 16 anos quando começou a ter convulsões
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Imagem: Reprodução/AFP Imagem: Reprodução/AFP Devoção
Ela foi criada em uma família radicalmente católica e costumava frequentar a missa com os pais e as irmãs pelo menos duas vezes por semana
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Imagem: Reprodução/Imgur Imagem: Reprodução/Imgur Histórico familiar
Antes de Anneliese, a mãe havia dado à luz uma filha ilegítima, que morreu aos oito anos durante cirurgia para a retirada de um tumor. Anna Michel, mãe de Anneliese, foi forçada a casar com um véu preto por conta da grande vergonha que causou para a família. Sensível, Anneliese cresceu acreditando que deveria cumprir penitências para compensar os pecados da mãe. Tornou-se tão obcecada em se livrar do mal, que dormia nua sobre pedras para redimir os pecados dos viciados em drogas, que frequentavam a estação perto de sua casa
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Imagem: Reprodução/LiveInternet Imagem: Reprodução/LiveInternet Primeiro diagnóstico
A jovem, que até então era saudável, começou a sofrer com ataques epiléticos e, após o acompanhamento com alguns médicos e um neurologista, recebeu o diagnóstico de um tipo de epilepsia chamada de "grande mal"
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Imagem: Reprodução/UOL/Hussein Malla/AP Imagem: Reprodução/UOL/Hussein Malla/AP Depressão
Anneliese começou a sentir presenças demoníacas durante suas orações. Apresentando um quadro de depressão profunda, ela foi internada por um ano, o que a manteve afastada da igreja. Nesse período, ela começou a escutar vozes, que a chamavam de amaldiçoada e a tachavam de condenada. A jovem, então, passou a cogitar o suicídio
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Imagem: Reprodução/Mystics of the Church Imagem: Reprodução/Mystics of the Church Descoberta
Durante peregrinação religiosa, uma amiga da família percebeu que Anneliese evitou ficar perto de imagens religiosas ou beber de uma fonte de água considerada sagrada, além de "cheirar como o próprio inferno". A mulher sugeriu que a jovem procurasse um exorcista
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Imagem: Reprodução/Exorcisms blogger Imagem: Reprodução/Exorcisms blogger Pedido à igreja
Convencida de que estava possuída, ela procurou o padre local para pedir por um exorcismo. O pedido foi negado por duas vezes. A família se convenceu que o caso da jovem era espiritual e interrompeu o uso de medicamentos indicados pelos médicos, que haviam comparado seus últimos sintomas a uma possível esquizofrenia. Os primeiros religiosos que tiveram contato com o caso reforçaram a suspeita de doença
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Imagem: Reprodução/Chasing the Frog Imagem: Reprodução/Chasing the Frog Exorcismo
O estado de Anneliese piorou consideravelmente. Ela costumava se ajoelhar 600 vezes por dia e, em uma dessas vezes, acabou rompendo os ligamentos do joelho, o que a fez se arrastar para debaixo de uma mesa, onde permaneceu latindo feito um cão por dois dias. Além disso, ela gritava por horas e passou a comer aranhas e carvão, chegando a morder a cabeça de um pássaro morto e a lamber a própria urina do chão. Foi quando, em 1975, o terceiro pedido de exorcismo foi aceito pelo Bispo de Wurzburg, e o caso assumido pelo padre Arnold Renz e pelo pastor Ernst Alt, que realizaram os exorcismos de acordo com o Ritual Romano de 1614
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Imagem: Reprodução/UOL Imagem: Reprodução/UOL Sessões semanais
Arnold Renz e Ernst Alt passaram a realizar duas sessões semanais de quatro horas cada uma. Ao todo foram 67 rituais realizados ao longo de pouco mais de nove meses. Ela ficava trancada em um cômodo, onde permanecia sem comer, beber ou dormir, por vezes acorrentada. Os religiosos identificaram demônios chamados de Lúcifer, Judas Iscariotes, Nero, Caim e Hitler, que durante as sessões se manifestavam, inclusive, com diferentes pronúncias
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Imagem: Reprodução/UOL Tab Imagem: Reprodução/UOL Tab Gravações
No total, quarenta e duas horas de exorcismo foram gravadas pelo padre Arnold Renz e pelo pastor Ernst Alt. Quem tem coragem de ouvir se depara com rosnados, gritos, xingamentos e diálogos entre os supostos demônios
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Imagem: Reprodução/anneliesemichel23.wordpress Imagem: Reprodução/anneliesemichel23.wordpress Morte
Anneliese morreu em 1º de julho de 1976, aos 23 anos, com menos de 30 quilos. Ela jejuava por acreditar que assim enfraqueceria os espíritos malignos, porém contraiu pneumonia e não resistiu. A autópsia revelou que a jovem morreu por desnutrição e desidratação. Pouco antes de morrer, declarou: "Mãe, estou com medo"
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Imagem: Reprodução/Bizarrepedia Imagem: Reprodução/Bizarrepedia Consequências após a morte
Os pais da jovem, Anna e Josef, foram acusados, bem como os religiosos Arnold Renz e Ernst Alt, de negligência e homicídio. Embora com penas diferentes, todos foram considerados culpados por permitir que a garota morresse de fome. O caso fez com que a Alemanha debatesse a liberdade religiosa e os direitos paternais. Em 1984, os bispos alemães pediram à igreja para rever o ritual de exorcismo por causa do que aconteceu com Anneliese. Em 1999, o Vaticano publicou a primeira atualização sobre o ritual desde o século 17, introduzindo uma qualificação médica para que o exorcismo possa ser considerado
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Imagem: Reprodução/Duchowy.Net Imagem: Reprodução/Duchowy.Net Depoimento materno
Em entrevista ao "The Telegraph", em 2005, Anna Michel garantiu que sentia muita falta da filha, mas não se arrependia das decisões tomadas: "Eu sei que fiz a coisa certa, porque eu vi o sinal de Cristo em suas mãos. Ela estava tendo feridas e isso foi um sinal de Deus para exorcizarmos seus demônios. Ela morreu para salvar outras almas perdidas, para expiar seus pecados. Anneliese era uma menina bondosa, amorosa, doce e obediente, mas, quando ela estava possuída, não era algo natural, algo que você pode explicar"