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Abel 'não sabe' como Palmeiras será no resto do ano e revela torcida ao Flu

"Não tenho nenhuma fórmula mágica na mão", disse técnico sobre restante da temporada - Carl Recine - FIFA/FIFA via Getty Images
"Não tenho nenhuma fórmula mágica na mão", disse técnico sobre restante da temporada Imagem: Carl Recine - FIFA/FIFA via Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/07/2025 01h25

Abel Ferreira não escondeu a decepção, mas manteve um tom de sobriedade na entrevista coletiva após a eliminação do Palmeiras do Mundial de Clubes — a equipe perdeu para o Chelsea por 2 a 1 e deu adeus ao torneio nas quartas de final. O técnico admitiu que "não sabe" como será a equipe no restante de 2025 e revelou torcida pelo Fluminense, único brasileiro sobrevivente na competição.

O que Abel falou?

Como será o Palmeiras até fim do ano? "Não sei. Vamos fazer o que sempre fizemos, que é preparar a nossa equipe. Não tenho nenhuma fórmula mágica na mão."

Torcida ao Flu. "Mentiria se dissesse que não estou torcendo pelo Fluminense, até porque as pessoas me perguntam: 'por que você está no Brasil? Por que você não troca e vai para uma liga inglesa?'. Eu gosto de estar onde estou e acho possível fazer melhor. Sei que no Brasil há treinadores bons, como o Renato. Vocês é que não valorizam o que têm. O Renato vai perder como eu perco. Mas quando o Renato perde três ou quatro jogos, vocês o cobram e o demitem. Fico muito feliz pelo Fluminense continuar 'representando' o que é o futebol brasileiro e mostrar sua flexibilidade tática, até para todos vocês que não gostam de três zagueiros e não percebem nada do que é o futebol."

Renato Gaúcho abraça Abel Ferreira durante jogo do Brasileirão - Pedro H. Tesch/Getty Images - Pedro H. Tesch/Getty Images
Renato Gaúcho abraça Abel Ferreira durante jogo do Brasileirão
Imagem: Pedro H. Tesch/Getty Images

Mais elogios a Renato. "Parabéns para ele. Que faça o que ele pensa juntamente com os jogadores. Que ele ouça pouco o outro lado. Ele é o especialista, como ele disse, e quem não sabe futebol que vá estudar. Ele sabe o que tem que fazer. Já que o Palmeiras não pode continuar — e queríamos muito jogar com o Fluminense —, é desejar a melhor sorte. Ele é um homem que gosto, já lhe disse isso quando ele era do Grêmio. Gosto muito da sinceridade dele."

Presente e convite ao colega. "Já lhe dei o meu vinho para ele saborear, ele é um homem com energia muito positiva. Espero que um dia ele me convide para jogar futebol com ele em Copacabana, mas eu não sou tão bom quanto ele, meu peito é duro, não consigo levantar aquela bola. Desejo felicidades a eles. Para vocês verem o quão competitivo é o futebol brasilerio, vocês dizem: 'mas este ano só Palmeiras e Flamengo vão lutar.' E agora? O Fluminense não presta? Ou vão dizer que o Fluminense é o melhor do mundo? O futebol brasileiro tem um dos campeonatos mais competitivos do mundo. É onde o líder mais perde pontos, e é por isso que as equipes podem encarar qualquer uma."

Estêvão deixa de ser jogador do Palmeiras para se transferir ao Chelsea - Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images - Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images
Estêvão deixa de ser jogador do Palmeiras para se transferir ao Chelsea
Imagem: Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images

Papo sobre Estêvão. "Falei antes com o Maresca [técnico do Chelsea]. É um jogador incrível, mas uma pessoa ainda mais incrível. É um menino que acabou de fazer 18 anos. É preciso dar carinho para ele. Ele vai cometer alguns erros, mas vocês viram hoje: ele é um jogador incrível e com muita habilidade. Ele pode ganhar um jogo sozinho diante de sua capacidade. Quando ele subiu para o time principal, eu disse: 'você precisa marcar lateral, todos atacam e defendem lá fora, você precisa treinar para evoluir cada vez mais'. Ele precisará de apoio dos técnicos e da diretoria. Na Inglaterra, ele vai ver o sol duas ou três vezes por ano e anoitece muito mais cedo. Mas o Chelsea tem todas as condições de dar todo o apoio que ele precisa."

Encarar Chelsea. "Eles têm um treinador de excelência e são capazes de fazer outras coisas, surpreendendo o adversário. É quase como se fosse um jogo tático. Para mim, é fantástico ter que dar respostas diante das dinâmicas do nosso adversário. Durante o jogo, o árbitro perguntou se queríamos a parada e eu disse que sim, porque é o momento para ajustar e ajudar os jogadores. A correção do intervalo, por exemplo, eu poderia ter feito de maneira mais direta no 1º tempo. Temos que entender que nestes tipos de jogos, tudo é possível no futebol."

Gol desviado. "Me custou muito a forma do gol. Merecíamos ter ido à prorrogação, mas o futebol é assim, levamos mais uma experiência. Nosso sonho terminou, pelo menos este sonho. Nosso objetivo foi largamente cumprido, mas senti que hoje poderíamos ter feito mais, mas o futebol é isso, tem o lado da sorte. Preferia ter perdido de outra maneira, mas acontece."