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Flu quer cansar Mamelodi com trunfo sul-africano em 'calor insuportável'

Os 30º C previstos para a tarde de hoje no Hard Rock Stadium, em Miami, devem fazer Fluminense e Mamelodi Sundowns valorizarem ainda mais a posse de bola na última rodada do Grupo F do Mundial. Os dois medem forças a partir das 16h (de Brasília) em uma espécie de jogo de "vida ou morte" pela sobrevivência no torneio.

A bola é minha

Tanto os brasileiros quanto os sul-africanos dominaram a posse nas duas rodadas iniciais do Mundial. Em partidas contra o já eliminado Ulsan, por exemplo, eles registraram 62% de posse contra 30% ou menos dos asiáticos — houve ainda uma sobra de 10% do que a Fifa considera como "em disputa".

O Borussia Dortmund deu mais trabalho ao Fluminense no quesito. Os alemães superaram, por pouco, os comandados de Renato Gaúcho (47% x 45%, com 8% em disputa). O duelo em questão acabou 0 a 0.

O Mamelodi, por outro lado, ditou as ações do jogo em 55% do tempo contra os europeus, que só terminaram aquela partida da 2ª rodada com 35% de posse — mas venceram por 4 a 3 em um embate eletrizante.

O calor previsto para Miami é uma preocupação para o técnico Renato Gaúcho, que já adiantou aos torcedores: mesmo sabendo do estilo do adversário, quer seu time com a bola no pé. O objetivo? Cansar o adversário.

O ponto crucial é que, da mesma forma que eles gostam da bola, nós gostamos também. O calor será quase que insuportável, então o time que tiver mais a posse vai se desgastar menos, e isso é uma vantagem. Temos que ter inteligência suficiente para ter mais a posse e cansar o adversário Renato Gaúcho

Com mais ou menos posse, o Fluminense garante vaga nas oitavas em caso de vitória ou empate. Uma derrota, no entanto, complica a situação — neste caso, é preciso torcer para o Borussia perder seu compromisso para o lanterna Ulsan.

"Totalmente concordo que ter a bola pode ser decisivo', disse Miguel Cardoso, técnico português do Sundowns. "O time que tem a bola corre menos, se submete a um estado menos agressivo. Vai ser um confronto de times que vão tentar levar o jogo para o lado deles. Jogo será bonito por isso, os dois times vão ter esse momento melhor. Claro que um gol pode mudar esse equilíbrio e criar caos".

"É um time que joga com muita posse de bola, com jogadores técnicos, que povoa o meio de campo. Vai ser um duelo difícil, duro", prevê o volante Martinelli. "Admro muito times que botam a bola no chão e jogam. Mas tem que saber as fragilidades deles, talvez arrisquem bastante e a gente possa aproveitar", falou Nonato, que deve voltar ao time titular.