Grande arma do Sundowns é palmeirense e nunca jogou contra time brasileiro
Lucas Ribeiro Costa, 26 anos, torcedor do Palmeiras por causa do pai, saiu de Santa Helena, uma pequenina cidade do Maranhão, quando tinha 17. E foi parar no Mamelodi Sundowns, octacampeão da África do Sul e adversário do Fluminense pelo Mundial de Clubes nesta quarta-feira, em Miami. O jogo começa às 15h locais, 16h de Brasília, e um empate serve para o Flu - mas o Sundowns também pode se classificar caso vença. Lucas, um atacante de velocidade, foi o melhor jogador do time nas duas partidas até agora, vitória sobre o Ulsan e derrota por 4 a 3 para o Borussia Dortmund.
Ele é o típico caso de jogador que saiu do Brasil muito cedo, foi levado para fazer testes na Bélgica e pela Europa ficou. Primeiro, no Valenciennes, da França. Depois, por quatro anos atuou na Bélgica e há dois chegou ao campeão da África. "Tive passagens na base do Sampaio Corrêa, Moto Clube, mas fui muito cedo, minha formação toda foi na Europa, me fez evoluir muito. Tive de ter caráter para passar dificuldades, aprender outras línguas e estava querendo desfrutar de coisas novas depois de tanto tempo na Bélgica, por isso vim para o Mamelodi. Espero um dia voltar para o meu país", falou Lucas no Hard Rock Stadium, palco do confronto pelo Mundial.
"Estou vivendo um grande momento no Sundowns, é a primeira vez que vou jogar contra uma equipe brasileira, nunca tive essa oportunidade e espero que a gente possa sair com a vitória."
O Mamelodi fez um jogo maluco contra o Borussia, que desagradou um pouquinho o técnico, o português Miguel Cardoso. "Não gosto muito do caos no futebol, porque aí os gols podem sair para qualquer lado!". Mas é justamente no caos e que a pressão esteja do outro lado que confia Lucas.
"A gente nunca teve esse tipo de pressão, a gente está jogando livre, tranquilo, querendo aproveitar o momento, não botar nada na nossa cabeça. Não tem pressão de nada, a gente só quer jogar da maneira como joga na África do Sul. O Fluminense é um adversário muito significativo, tem uma grande história e isso só motiva a gente."