Topo

Atlético de Madrid se derrete em elogios pelo Botafogo e confia no 'caos'

Julian Alvarez comemora gol marcado pelo Atlético de Madri contra o Real Madrid - NurPhoto/NurPhoto via Getty Images
Julian Alvarez comemora gol marcado pelo Atlético de Madri contra o Real Madrid Imagem: NurPhoto/NurPhoto via Getty Images
do UOL

Do UOL, em Los Angeles (EUA)

22/06/2025 15h04

O Atlético de Madrid precisa vencer o Botafogo por pelo menos três gols para se classificar para as oitavas de final do Mundial de Clubes da Fifa - uma vitória mais curta ou um empate podem até servir, mas aí o time espanhol dependeria de um improvável tropeço do PSG contra o Seattle Sounders, também às 16h (de Brasília) desta segunda. Para atingir o objetivo, Diego Simeone e seus atletas confiam no "caos".

"Precisamos atacar, ter uma mentalidade ofensiva e eu gosto disso. Tivemos muitos jogos em que marcamos na temporada, queremos criar caos para o Botafogo na área deles e é como temos que fazer", falou o atacante norueguês Sorloth, que deve repetir dupla de ataque com o argentino Julián Álvarez.

O Atlético venceu por três ou mais gols de diferença quatro dos últimos seis jogos que disputou na reta final da liga espanhola. Na temporada inteira, conseguiu 12 vitórias por três ou mais gols e em 18 oportunidades marcou pelo menos três gols em uma partida - algo pouco usual na "era Simeone", que completará 14 anos no clube em dezembro.

Sorloth perdeu um gol feito contra o PSG quando o jogo estava 2 a 0 para os franceses, na primeira rodada. E Álvarez desperdiçou chances na vitória sobre os Sounders. "No outro dia não fez falta, mas agora sim, precisamos dos gols", admitiu o argentino. "Temos que ganhar, fazer muitos gols e que não nos façam nenhum. Esse time durante a temporada conseguiu muitas vezes ganhar por vários gols e por isso confiamos e acreditamos".

Os jogadores do Atlético foram unânimes também em elogiar o Botafogo e os feitos das equipes sul-americanas na Copa do Mundo de Clubes até agora.

"São times muito bons, históricos. O elenco do Botafogo não é um elenco qualquer, tem jogadores grandes, de muito talento. Na Europa, os clubes compram jogadores de lá e eles viram as estrelas dos clubes europeus logo depois, assim que não me surpreende nada, eu sabia que ia ser assim", falou o goleiro esloveno Oblak.

"Pode ser que os europeus não conheçam tão bem o tamanho dos clubes sul-americanos, mas eu sei como é no nosso continente. O Botafogo mostrou que é forte e competitivo", opinou Julián Álvarez. "Eu vi o jogo contra o PSG e estavam bem organizados na defesa. Mas o PSG não cruza tantas bolas na área, como nós fazemos. Pode parecer que os europeus tenham menosprezado os sul-americanos, mas não é o caso. Muitos times são competitivos, os times sul-americanos são especialmente competitivos e estão lutando duro em cada jogo", resumiu Sorloth.

Se o mote do "eu acredito" pertencia aos times da Conmebol antes de o torneio começar, agora, como demonstra Oblak, a fé virou a arma maior dos times que começaram o Mundial como favoritos. "O mais importante é acreditar. E logo demonstrar e conseguir, mas, se não acreditar, não se chega lá. No futebol, tudo é possível."