Renato explica Ganso reserva e nega surpresa com desempenho do Fluminense

O técnico Renato Gaúcho, do Fluminense, explicou o motivo de Ganso ter iniciado o empate sem gols contra o Borussia Dortmund, válido pelo Mundial de Clubes, no banco de reservas. Ele ainda negou ter se surpreendido com a atuação de sua equipe, que pressionou os alemães e, por pouco, não saiu com a vitória.
O que ele falou?
Meio de campo reforçado. "Treinamos bastante a parte tática. Já fizemos alguns jogos com este formato no Brasileirão e a equipe se comportou bem. Muita gente acha que temos três volantes, mas são volantes que saem para o jogo. Eles protegem bem a defesa e sabem jogar. Enfrentamos um adversário perigoso e não demos muitas oportunidades, além de criar chances de gol. Temos o plano B com o Ganso: converso bastante com ele e há horas e horas para jogar. Hoje, precisávamos de uma marcação mais forte no meio."
Orgulho. "Queria dar um um abraço apertado na nossa torcida. Tenho certeza que tanto o torcedor que esteve aqui hoje quanto o nosso torcedor no Brasil está bastante orgulhoso da nossa estreia. Fomos praticamente o tempo todo melhores que o nosso adversário. Criamos as melhores situações. Talvez tenha faltado um pouco de calma para finalizarmos e sair com a vitória. Muita gente de repente ficou surpresa com o meu time, mas eu não fiquei, não. Preparei meu time para ganhar e jogar dentro do adversário — sempre com respeito. Jogamos o tempo todo para frente, mas infelizmente o gol não saiu."
Chances perdidas. "É continuar treinando. Uma exibição deste tamanho dá uma confiança ainda maior para o grupo. A confiança eu passo diariamente para eles. Falei hoje para eles se divertirem. Precisamos, talvez, ter mais tranquilidade nas finalizações. Teremos o próximo jogo e não tem muito o que mudar. É repetir o que fizemos hoje e ter mais tranquilidade nas finalizações. Sabemos que o jogo não será fácil, mas o importante é que o time está bem. Na próxima, vamos criar e conseguir concluir para fazer os gols."
Dinheiro x desempenho. "Futebol nem sempre é investimento. Há clubes que financeiramente são superiores, mas dentro do campo são 11 contra 11, e aí depende da atitude dos jogadores. Hoje, eles me encheram de orgulho. Não adianta você ter um time muito caro e achar que vai ganhar no grito e na camisa. Por outro lado, sem dúvida, quando você tem os cofres cheios para contratar, você consegue ter jogadores de qualidade e que fazem a diferença na hora do vamos ver."
Experiência dos veteranos. "A experiência deles passa tranquilidade aos mais jovens para que eles coloquem em prática o futebol. É importante ter um grupo mesclado, mas o mais importante, independente disso, são as atitudes dos jogadores dentro do campo. E a atitude deles me encheu de orgulho."
Fama pelo Mundial de 83. "Eu nem tive tempo para perceber, mas se as pessoas não sabiam, passaram a conhecer. Faz parte do passado, tenho muito orgulho de ter conquistado um Mundial [de 1983] com o Grêmio, fiz dois gols. É o terceiro Mundial que participo, está muito bem organizado. A Fifa está de parabéns. Me sinto lisonjeado por estar à frente de um clube em uma Copa do Mundo como essa."