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Faltam 300 dias: Brasília receberá Mundial de marcha atlética por equipes

17/06/2025 10h26

O Campeonato Mundial de marcha atlética por equipes vai ocorrer dentro de 300 dias. Brasília, a capital do Brasil, no Distrito Federal, receberá a competição da World Atlhetics pela primeira vez no País e na América do Sul, no dia 12 de abril de 2026.

O Mundial será realizado em percurso a ser montado na Esplanada dos Ministérios, uma vista de cartão postal, na área onde estão também a Catedral Metropolitana, o Museu Nacional da República e a Livraria Nacional. O local permite a montagem da infraestrutura necessária para o evento.

Brasília está a 1.172 m de altitude e tem temperaturas entre 17 e 28 graus em abril, mês em que completará 66 anos de sua fundação, em 1960 - cidade planejada que se diferencia pela arquitetura de Oscar Niemeyer.

Localizada no Planalto Central, região Centro-Oeste, no coração do Brasil, tem um plano urbano e arquitetônico moderno, é integrada por largas avenidas, parques e espaços abertos, aeroporto internacional, rede hoteleira grande, tem deslocamentos e acessos fáceis e segurança. A capital federal recebe bem seus visitantes e já organizou grandes eventos esportivos, como os jogos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

O anúncio da vitória de Brasília, capital federal do Brasil e sede do Governo do Distrito Federal, foi feito pelo presidente da World Athletics, Sebastian Coe, no dia 25 de março de 2025. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) conduziu a candidatura juntamente com o Governo do Distrito Federal, a Federação de Atletismo do Distrito Federal e a CAIXA. A candidatura tem o apoio do Governo Federal e do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Representantes Brasileiros

O medalhista Caio Bonfim, prata nos 20 km da marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nasceu, treina e vive em Sobradinho. O CASO (Centro de Marcha Atlética de Sobradinho) colocou três atletas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 - além de Caio, Max Batista e Gabriela Muniz - e não poderia haver melhor momento para trazer o Mundial pela primeira vez ao Brasil e à América do Sul.

"Dos atletas aos dirigentes, todo mundo comprou a ideia. Esse Mundial pode trazer um legado grande para a marcha atlética brasileira e o atletismo. É mais do que especial ser na minha casa, tem o significado de ver a comunidade esportiva apoiando para fazer isso acontecer. Vou trabalhar, treinar, para poder representar bem o Brasil e Brasília", afirmou Caio Bonfim.

Viviane Lyra, a carioca que lidera o ranking brasileiro dos 20 km da marcha atlética, se diz emocionada. Aos 31 anos e já com experiência olímpica (foi 18ª nos 20 km de Paris-2024 e 7ª na maratona em revezamento misto com Caio Bonfim, top 8), atesta que o Mundial em Brasília tem tudo para mostrar que o país ganhou um lugar no cenário internacional.

A expectativa de competir em casa, assinala Viviane, é gratificante: "Vou me preparar para ter família presente, torcida. Não será preciso viajar e se adaptar a fuso horário, clima, alimentação. Vai ser bom não só para o alto rendimento, mas para difundir a marcha atlética ainda mais no País inteiro, incentivar a base, as novas gerações. Já estou vislumbrando o evento e vai ser magnífico", avisou.