'Lá vêm eles de novo': Time amador sofre mais com alemães que Brasil no 7x1

O modesto Auckland City, da Nova Zelândia, até tentou, mas sofreu mais contra um poderoso rival alemão do que a seleção brasileira no 7 a 1.
O que aconteceu
O Auckland foi para o intervalo levando 6 a 0 do Bayern no Mundial, enquanto em 2014 o Brasil tomou "apenas" cinco gols da Alemanha nos primeiros 45 minutos. Em ambos os casos, os elencos alemães sobraram na etapa inicial e construíram a larga vantagem com tremenda facilidade.
O time neozelandês resistiu menos e começou a ser goleado antes do que a seleção brasileira no comparativo entre as partidas. Kingsley Coman inaugurou o placar com seis minutos de bola rolando e aos 21' fez o quarto. O Auckland quase conseguiu ir para o segundo tempo segurando o 4 a 0, mas sofreu mais dois gols nos acréscimos. Na Copa de 2014, os pentacampeões levaram o primeiro com 9' de jogo.
No entanto, a diferença é justamente a expectativa para cada uma dessas partidas. Há 11 anos, o esperado era que as duas seleções fizessem jogo "de igual para igual" na semifinal da Copa daquele ano, ainda mais por ser em território brasileiro. Já o time alemão entrou no confronto de hoje, válido pelo Grupo C do Mundial, como franco favorito.
O Auckland é um time com status amador, conforme declarado por eles próprios. "Somos um clube amador, com nossos jogadores tendo ocupações em tempo integral fora do futebol ou estudando de alguma forma", consta no site oficial da equipe. O elenco tem desde pintor e corretor imobiliário até barbeiro.
A goleada histórica nos EUA foi construída com mais quatro gols na etapa final, todos do Bayern, fechando 10 a 0. Em 2014, a Alemanha marcou "só" mais duas vezes no período final, enquanto Oscar fez o gol "de honra" para fechar o 7 a 1.
Antes de a partida começar, um jogador do Auckland disse que "comemoraria" caso perdessem por menos de cinco gols de diferença.
Nossas chances de ganhar são quase zero. Alguns jogadores precisaram sacrificar suas férias para ir aos jogos [...] Acho isso impossível [uma vitória] ou até mesmo um empate. Se sofrermos cinco gols ou menos, acho que podemos sair do estádio de cabeça erguida. Ficaria muito feliz se deixássemos os neozelandeses e nossas famílias orgulhosos e não nos envergonhássemos. No vestiário, brincamos que faríamos uma verdadeira festa se perdêssemos por apenas 2 a 0.
Gerard Garriga, jogador do Auckland