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Ednaldo Rodrigues informa ao STF que não planeja voltar à presidência da CBF

19/05/2025 18h39

Por Rodrigo Viga Gaier e Ricardo Brito

(Reuters) - Afastado da presidência da CBF na semana passada por decisão da Justiça, Ednaldo Rodrigues comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não pretende retornar ao cargo mais importante do futebol brasileiro.

A manifestação foi feita pela defesa do dirigente que foi obrigado a deixar o comando da CBF por decisão tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

No documento endereçado ao STF, onde havia um recurso protocolado, a defesa alega que a decisão do dirigente visa restaurar "a paz ao futebol brasileiro e a serenidade da vida familiar do dirigente".

Um nova eleição já tinha sido marcada para o próximo domingo pelo interventor da CBF, o vice-presidente da entidade Fernando Sarney, um dos autores do pedido de afastamento de Ednaldo.

"Em relação às novas eleições convocadas pelo interventor, declara não estar concorrendo a qualquer cargo ou apoiando qualquer candidato", diz o documento assinado pelo advogado do dirigente Gamil Föppel.

Segundo o documento, Ednaldo "deseja sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir o futebol brasileiro". O documento ainda lista uma série de "feitos" de Ednaldo à frente da CBF, entre eles, a contratação do italiano Carlo Ancelotti, que na semana que vem já conduz sua primeira convocação pela seleção brasileira.

Procurada, a CBF não comentou.

Apenas um candidato conseguiu registrar a sua chapa para concorrer no domingo: Samir Xaud, presidente eleito da federação de futebol de Roraima, Estado com pouca representatividade no futebol de elite do Brasil.

Para poder se registrar como candidato, o interessado precisa ter o apoio de pelo menos oito federações estaduais e cinco clubes.

O afastamento de Ednaldo Rodrigues ocorreu após a denúncia de irregularidades na assinatura de um documento entre a CBF e o STF esse ano para pôr fim a uma disputa que se arrastava desde 2023, que estava associada à eleição do cartola.

A acusação é que a assinatura de um dos signatário do acordo, o ex-presidente da CBF Antonio Carlos Nunes, o coronel Nunes, poderia ter sido falsificada. Além disso, segundo a acusação, Nunes tem problemas de saúde e não está com duas faculdades mentais normais.

Ednaldo Rodrigues tinha sido reeleito este ano para continuar à frente da CBF para um mandato entre 2026 e 2030.

(Reportagem de Rodrigo Viha Gaier, no Rio de Janeiro, e Ricardo Brito, em Brasília)

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