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Diniz vê Coutinho 'indispensável' ao Vasco e ruído com Tchê Tchê superado

Fernando Diniz é apresentado oficialmente pelo CEO da SAF do Vasco, Carlos Amodeo - Bruno Braz / UOL
Fernando Diniz é apresentado oficialmente pelo CEO da SAF do Vasco, Carlos Amodeo Imagem: Bruno Braz / UOL
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Do UOL, no Rio de Janeiro

15/05/2025 14h13

Embora já tenha estreado na última terça-feira — na derrota por 1 a 0 para o Lanús, pela Sul-Americana — o técnico Fernando Diniz foi apresentado oficialmente pelo Vasco hoje. Em quase uma hora de entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa, o treinador falou sobre diversos pontos, incluindo a aposta na evolução de Philippe Coutinho e a "pedra" colocada no ruído que teve com Tchê Tchê na época do São Paulo.

O que ele falou?

Coutinho: "Acho que é indispensável. Para mim, é uma alegria e uma honra trabalhar com jogador do quilate dele. Da geração do Neymar é um dos caras mais talentosos que produzimos no Brasil. Acredito até que a carreira poderia ter sido mais brilhante pelo jogador que ele é. Conto muito com ele. Nesse jogo, fez boa partida, precisa se soltar. Acredito que ele vai evoluir muito. Sempre um presente para o futebol brasileiro. Outra coisa: é um jogador de uma simplicidade e humildade difícil de enxergar. Já o conheci na Europa, aqui em poucos dias percebe que e um jogador desprovido de vaidade, não faz uso de nada. Parece que está começando hoje, ele acrescenta muito para o Vasco".

Tchê Tchê: "Ele que se colocou como titular (contra o Lanús), inclusive pela história que tem comigo. É um dos jogadores que mais atuou comigo na carreira. De alguns momentos, eu tenho uma iluminação de que faço as coisas de coração. O que eu faço com os jogadores é o que eu faço com os meus filhos. Se errar, tenho que pedir desculpa e seguir minha vida. Eu sou rigoroso, mas também sou amoroso e consigo ajudar. Todos eles tiveram um momento como o do Tchê Tchê. Faz parte do processo, não é um processo linear. Foi uma coisa que aconteceu que está totalmente superada, ele conseguiu jogar muito bem, acho que foi uma das melhores partidas dele aqui. E espero que ele seja muito feliz no Vasco".

Outros assuntos

Reforços: "Não indiquei absolutamente ninguém, zero. Vamos começar a conversa de maneira mais específica a partir de hoje. Não adianta falar que vamos contratar um monte de jogadores, seria incoerente quando eu digo que tem um bom elenco. Tem um bom elenco. Tem jogador aqui que pode render mais. Pontualmente, temos que acertar nas contratações. Não gosto de contratar muita gente. A chance de acertar em contratação não é fácil, ainda mais com o orçamento que o Vasco tem. Tem que ter bastante cuidado, ser muito criterioso".

Melhor primeiro tempo em estreias: "Acredito que o primeiro tempo do jogo do Vasco contra o Lanús, de todas as minhas estreias, foi a melhor, o primeiro tempo. Não pelo resultado, que perder é sempre horroroso. Mas no primeiro tempo, de ver conceito de jogo, a boa vontade dos jogadores, a imensa capacidade deles de se esforçarem para entender e ter coragem para aplicar. Jogar lá com o Lanús nunca é fácil e eu acredito que a gente fez um jogo muito coerente. Então o primeiro tempo foi um sinal muito positivo para o Vasco da Gama".

Primeira passagem pelo Vasco: "Estive aqui dois meses, mesmo numa Série B. Lembro que quando joguei aqui contra, década de 90, jogar em São Januário era a coisa mais linda, torcida cantando, tocavam as músicas. Então a torcida é diferente. Na Série B, parece que fiquei aqui dois anos, tanto pela intensidade da torcida quanto das pessoas. A gente se gosta. Para mim foi muito fácil querer voltar para cá, eu espero que as coisas possam andar bem".

Relação com Pedrinho: "Sempre gostei do Pedrinho e do Felipe. Pedrinho é um tipo de pessoa muito diferente. Talvez o cara que mais mereça sucesso no Vasco é ele. Todos sofrimentos e dores que ele sentiu, ele transforma em algo muito positivo. É uma pessoa diferente. Tudo que eu penso da vida e do futebol tenho uma conexão forte com ele. Ele é uma pessoa muito melhor quando você conhece de perto. Espero de verdade que aconteça. Vai acontecer? Não sei. Não sei se estarei vivo daqui a uma semana. Se eu tiver que trabalhar o dia inteiro, eu vou trabalhar. O que eu puder fazer para ajudar o Vasco e o Pedrinho, eu irei fazer".

Alex Teixeira e Souza: "O Alex jogou no nível muito alto, ás vezes o torcedor pode ficar chateado porque fica com a imagem do grande jogador que foi. Contra mim, no Fluminense, sempre jogou bem. O Souza eu tive menos contato até agora, mas é outro que teve carreira extraordinária, com passagem na seleção, e estava jogando pouco. Eu tenho menos memória recente dele, mas o passado fala por si. Todos eles eu vou olhar e procurar ver quem pode ajudar mais o Vasco".

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