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Flamengo reduz preço dos ingressos contra Bahia após pressão da torcida

Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista cedeu à pressão da torcida sobre os ingressos - Reprodução/Instagram
Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista cedeu à pressão da torcida sobre os ingressos Imagem: Reprodução/Instagram
do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/05/2025 05h30

Pela primeira vez na temporada, o Flamengo terá uma redução no preço dos ingressos para a partida de hoje, contra o Bahia, às 21h, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.

O que aconteceu

A diretoria baixou os preços em R$ 20 nos seguintes setores: Norte (R$ 80), Sul (R$ 60), Leste Superior (R$ 100) e Leste Inferior (R$ 120). O Oeste Inferior teve uma redução ainda maior, de R$ 40, e sai a R$ 140. Já o Maracanã Mais baixou em R$ 100 e sai a R$ 400.

Até a partida de hoje, os ingressos haviam sofrido um aumento de até 50% em relação a 2024. Na Libertadores o aumento foi ainda maior em comparação a 2024. O setor Oeste Inferior, por exemplo, passou de R$ 110 para R$ 180, uma variação de 63%. O Norte saiu a R$ 120 e o Sul a R$ 100.

Uma das ideias da diretoria no aumento era impulsionar o sócio-torcedor. Com descontos de mais de 50% a depender do plano, o novo programa foi lançado mês passado e o objetivo do clube é ingressar no top-10 mundial.

Boicote, xingamentos e Judas

O recuo da diretoria acontece após uma série de protestos da torcida em relação aos preços. Eles foram direcionados exclusivamente ao presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap.

Antes do clássico com o Vasco, os rubro-negros penduraram um boneco de Judas com a foto do dirigente e a frase: "Bap, inimigo do torcedor". O jogo aconteceu na véspera da Páscoa.

No 6 a 0 sobre o Juventude, Bap foi xingado e ouviu cantos de "baixa o ingresso". Além disso, uma faixa foi estendida com a frase: "ingresso caro, arquibancada vazia". Naquele dia, apenas 28.931 pessoas pagaram ingresso, um público bem abaixo do padrão rubro-negro.

Ainda no Carioca, na partida contra o Maricá, as organizadas promoveram boicote. Nenhuma delas esteve presente na arquibancada do Maracanã. Após aquele jogo, Bap se manteve firme em relação ao seu posicionamento.

O Rio de Janeiro, naturalmente, é menos competitivo do que outros estados. O torcedor quer um time excepcional pagando preços de ingresso que os custos atuais não permitem. É tão simples quanto isso. São Paulo não tem gratuidade, não tem meias-entradas como tem no Rio de Janeiro. Os preços aqui são 35%, 40% mais baratos que São Paulo e todo mundo reclama. Está tudo caro no Brasil. Para ter o time que a gente tem, dificilmente seria mais barato do que isso.
Bap, após a partida contra o Maricá

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