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Lars Grael vê 'momento de apreensão' na vela brasileira e pede renovação

Lars Grael durante debate na CBC & Clubes Expo - CBC & Clubes Expo / Foto EA
Lars Grael durante debate na CBC & Clubes Expo Imagem: CBC & Clubes Expo / Foto EA
do UOL

Do UOL, em Campinas (SP)

19/03/2025 05h30

Medalhista olímpico, Lars Grael indicou ser um "momento de apreensão" na vela brasileira. Nos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado, o país não foi ao pódio pela primeira vez desde Barcelona-1992.

A vela, desde quando ganhou a primeira medalha, em 1968, só deixou de fazer medalhas nos Jogos de Munique, em 72, 20 anos depois, nos Jogos de Barcelona, e agora, em Paris. Então, é um momento de apreensão. Não podemos depender única e exclusivamente da Martine Grael e Kahena Kunze, elas vivem outra fase na carreira na vela profissional. É um momento muito importante de renovação.
Lars Grael

Ele participou de um painel esportivo na CBC & Clubes Expo, em Campinas. Ele esteve ao lado dos ex-jogadores de futebol Zico, Júnior e Ricardo Rocha.

É um trabalho a ser feito com os clubes, federações e confederação brasileira. A confederação mudou agora o presidente, mas tem de ter um trabalho voltado para Los Angeles. Acho que o Torben [Grael] coordenando a equipe olímpica, e com o apoio do COB e CBVela, vai ter uma equipe competitiva o suficiente. Essa é a nossa expectativa.
Lars Grael

Daniel Azevedo, anteriormente vice-presidente, assumiu a presidência da entidade no mês passado. Karina Geyer, ex-diretora de vela jovem e agora vice-presidente, se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo.

Acho que sim [ter boas perspectivas]. Não podemos ainda apontar favoritismo em classe alguma, mas vejamos, por exemplo, o Robert Scheidt, que participou do Campeonato Brasileiro de Laser com 51 anos e ganhou. Mérito dele, mas dá pra ver que falta a renovação. Se ele continua sendo o melhor do Brasil é preocupante, porque tem que vir gente que seja tão boa quanto o Scheidt. Mas tem as outras classes, e eu acho que, sobretudo, no kitesurfing, no IQFoil, o Brasil pode ter boas perspectivas.
Lars Grael

A família Grael tem uma íntima ligação com a vela. Lars foi bronze nos Jogos de Seul-1988 e Atlanta-1996 na Classe Tornado, enquanto o irmão Torben foi ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 na Classe Star, prata em Los Angeles-1984 na Classe Soling, bronze em Seul-1988 e Sydney-2000 na Classe Star.

Citada por Lars, Martina é filha de Torben e foi ouro na Rio-2016 e Tóquio-2020 na 49er FX — ao lado de Kahena Kunze ficou em oitavo em Paris.

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