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Zubeldía admite que falta ao São Paulo 'característica' ofensiva de rival

Zubeldía, técnico do São Paulo, no jogo contra o Palmeiras, pela semifinal do Paulistão - Marcello Zambrana/Agif
Zubeldía, técnico do São Paulo, no jogo contra o Palmeiras, pela semifinal do Paulistão Imagem: Marcello Zambrana/Agif
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/03/2025 05h30

Uma "característica" do rival Palmeiras fez falta ao São Paulo na eliminação amarga e polêmica do Tricolor na semifinal do Paulistão.

Chutes em baixa

O São Paulo acertou o gol defendido por Weverton apenas uma vez em toda a partida. Ao todo, a equipe finalizou apenas seis vezes, enquanto a artilharia do Palmeiras foi responsável por 14 chutes, sendo oito deles no gol de Rafael.

O Tricolor controlou a posse na casa do rival, mas foi pouquíssimo ousado nos chutes. O time visitante fechava os espaços e envolvia os palmeirenses na troca de passes, só que sem conseguir evoluir ofensivamente com eficiência. O Alviverde, por sua vez, levou mais perigo, apesar da dificuldade coletiva em desenvolver as jogadas.

Após a eliminação, Zubeldía reconheceu que o São Paulo não possui a "característica" do Palmeiras de arriscar nos chutes. O clube tricolor poderia avançar mesmo sem balançar a rede adversária, mas para isso precisaria segurar o 0 a 0 e avançar nos pênaltis. Com o pênalti polêmico em Vitor Roque convertido por Veiga, o clube tricolor precisava marcar. Nesse caso, a matemática pesou.

O time competiu bem, foi um jogo parelho. Nós controlamos mais a bola, eles chutando um pouco mais porque tem essa característica de chute, nós não temos essa característica. Temos que assimilar a derrota e seguir trabalhando.
Luis Zubeldía, após a partida

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Luis Zubeldia, técnico do São Paulo, reclama durante jogo contra o Palmeiras no Paulistão
Imagem: JHONY INACIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O time de Zubeldía pecou na objetividade mesmo contando com o quarteto ofensivo na escalação. Calleri, Lucas, Luciano e Oscar começaram jogando juntos pela primeira vez no esquema de três zagueiros. Eles desempenharam bem juntos, mas faltaram tentativas de mandar a bola para a rede.

Não foi a primeira vez que o São Paulo foi pouco arisco no Allianz. No empate sem gols pela fase de grupos, o time visitante também só deu um chute ao gol alviverde. Naquele jogo, inclusive, o Tricolor finalizou ainda menos, apenas quatro vezes.

O Tricolor também economizou nas finalizações certas em outros jogos. A equipe não teve nem um chute a gol no tropeço diante do Bragantino e acertou menos do que o Santos na derrota no clássico. Em, contrapartida, o Tricolor vinha mais assertivo no ataque nos três últimos jogos antes da semi.

Zubeldía terá três semanas para fazer o time evoluir no fundamento. O São Paulo só volta a campo no dia 30 de março, no Morumbis, para a estreia no Brasileirão diante do Sport.

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