Topo
Esporte

FPF apoia 'arbitragem Fifa', mas lamenta polêmica e faz aceno ao São Paulo

do UOL

Do UOL, em São Paulo

12/03/2025 05h30

Em aceno ao São Paulo, a Federação Paulista de Futebol reconheceu que o pênalti polêmico em Vitor Roque "não foi bom" para a semifinal do Paulistão. No entanto, a entidade defendeu a decisão da arbitragem que foi decisiva para o resultado do Choque-Rei.

O que aconteceu

O presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Barros, disse que entende o desapontamento são-paulino. O mandachuva do futebol paulista deu a declaração após o Conselho Técnico da final do Estadual, que ocorreu ontem na sede da entidade, menos de 12h após a partida no Allianz Parque.

O dirigente lamentou que o lance "não foi bom" para a semi e ponderou que também causaria discórdia se houvesse sido contra o Palmeiras. O pênalti polêmico monopolizou as entrevistas pós-jogo e gerou revolta no Tricolor pela atuação do VAR na jogada. O clube subiu o tom cobrando explicações ainda de dentro do estádio. Em resposta, a FPF agiu rápido e divulgou os áudios da conversa entre cabine e árbitro de campo.

Entendo o inconformismo, o desapontamento da torcida são-paulina. É um lance que se fosse para o outro lado, estaria o Palmeiras hoje reclamando. Não foi bom. Eu respeito as opiniões, as indignações, mas divulgamos o vídeo e o áudio do VAR. Precisávamos ser transparentes e foi o que fizemos, mostrando como aconteceu.
Reinaldo Carneiro Bastos

Apesar do cortejo, o presidente da FPF apoiou a decisão dos "profissionais Fifa" e classificou o pênalti como "plausível". Flavio Rodrigues de Souza e o responsável pelo VAR, Rodrigo Guarizo Ferreira, integram a principal categoria da arbitragem brasileira e foram defendidos pelo mandatário paulista.

O entendimento da comissão de arbitragem da FPF é que a decisão foi plausível. É uma decisão muito difícil. Negar que não houve contato [em Vitor Roque] não é verdade. Também não dá para afirmar que aquele toque foi suficiente para cair. Temos que respeitar o entendimento dos profissionais Fifa em campo e na cabine. Mas não é o que a gente queria [polêmica], não é o ideal para o futebol.

A Federação aceitou as críticas e se mostrou aberta a buscar melhorias na arbitragem. Em paralelo à polêmica do Choque-Rei, a entidade anunciou para os dois jogos das finais a novidade do impedimento semiautomático, tecnologia de ponta do futebol internacional e que custará cerca de R$ 1 milhão.

Só tem [impedimento semiautomático] na Premier League, na Champions e na final da Libertadores. É uma inovação, uma revolução na tecnologia para que aconteça tudo o que a gente mais quer: que a arbitragem passe despercebida nas finais.
Reinaldo Carneiro Bastos

Esporte