João Fonseca celebra título na Argentina e fala sobre estreia no Rio Open
João Fonseca fez história neste domingo ao vencer o argentino Francisco Cerundolo, atual número 26 do mundo, por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 7/6 (7 a 1), e se sagrar campeão do ATP 250 de Buenos Aires aos 18 anos.
O brasileiro celebrou a conquista, que a foi a primeira de um torneio ATP em sua breve carreira. No entanto, ele afirmou que já irá virar a chave para o Rio Open, competição na qual estreia na terça-feira, contra o francês Alexandre Muller.
"É um sonho. A gente trabalha todos os dias para conseguir esses momentos, esses títulos. Jogar uma final fora de casa, ainda mais na Argentina, é difícil. Torcida contra, mas tinha alguns brasileiros torcendo por mim. Um título muito especial para mim. Com certeza dou um passo a mais na minha carreira, estou a um passo a mais dado para chegar no meu sonho, que é ser melhor do mundo. Está muito longe, tenho que ter os pés no chão e humildade. Mas é só )o começo. Sou novo, então é seguir trabalhando para ter mais momentos assim", disse João, em coletiva após o título.
"Próxima semana vai ser mais um desafio. Ir para o Rio hoje, descansar e sentir a quadra amanhã e terça-feira ir com tudo para o Rio Open. Quero curtir esse momento e amanhã já virar a chave, porque assim é o tênis, assim é o esporte em geral. Você ganha um título e depois já pensa na próxima meta", completou.
Com o resultado, João Fonseca se tornou o brasileiro mais jovem da história a conquistar um título de ATP. O carioca quase largou momentaneamente a carreira no tênis profissional para estudar nos Estados Unidos, mas não seguiu em frente. Ele afirmou estar contente com a decisão, porém ressaltou a importância das universidades para o lado pessoal do atleta.
"Faz exatamente um ano que decidi que não iria mais (para a universidade). Todos os jogadores jovens que têm a minha idade ou um ano a menos devem pensar em ir para a universidade, é importante para a pessoa, não para o jogador. Pensando no futuro, seria uma possibilidade de estudar nos Estados Unidos, uma coisa nova para nós brasileiros, que não temos muitas universidade que têm o esporte junto com os estudos. Foi uma oportunidade, consegui visitar, assinei com a universidade. Mas que bom que não fui. Não me arrependo de nada, estou muito feliz assim, mas têm muitos brasileiros da minha idade que consideram ir, é bom para eles seguir estudando. As estatísticas dizem que os jogadores entram no top-100 apenas com 27, 28 anos, então têm muito tempo, são jovens. Graças a Deus tenho uma família que me ajudou muito nesta época em que eu estava pensando, nunca me pressionaram a ir, deixaram a decisão comigo. Contente com a minha decisão", comentou.