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Tifanny desabafa após título no vôlei: 'vai ter mulher trans campeã, sim'

Tifanny, do Osasco, durante final da Copa do Brasil contra o Sesi Bauru - Divulgação/Instagram @osascovoleibolclube
Tifanny, do Osasco, durante final da Copa do Brasil contra o Sesi Bauru Imagem: Divulgação/Instagram @osascovoleibolclube
do UOL

Colaboração para o UOL

09/02/2025 14h51

A oposta Tifanny, do Osasco, fez um desabafo após o título da Copa do Brasil de vôlei feminino.

Chega de transfobia! Vai ter mulher trans campeã, sim! Tifanny, oposta do Osasco

O que aconteceu

O Osasco São Cristóvão Saúde, de Tifanny, conquistou o tetracampeonato da Copa Brasil neste sábado (8) após vencer o Sesi Bauru por 3 sets a 1, com parciais de 27/25, 16/25, 27/25 e 26/24, no ginásio da Arena Multiuso de São José. Ela marcou oito pontos na decisão.

Aos microfones do sportv, a jogadora de 40 anos e 1,94m falou sobre o preconceito contra trans que existe dentro do esporte.

Estamos vendo muita transfobia no esporte, muitas leis contra nós mulheres trans, então tenho que lutar diariamente para jogar, dentro e fora de quadra. Mas é por esses momentos que estou lutando porque a minha classe é a que mais sofre e mais morre no Brasil

A nossa média de idade é 35 anos, eu sou uma sobrevivente, estou com 40. Mas não vou deixar de lutar pela minha classe porque nós merecemos respeito. E obrigado a todos que lutam pela gente

Sobre Tifanny

Primeira mulher trans no vôlei feminino brasileiro, Tifanny iniciou o processo de transição de gênero em 2012. Ela jogou profissionalmente em ligas masculinas até os 29 anos.

Aos 31, ela voltou às quadras, na segunda divisão da Itália, dessa vez como uma mulher. Em 2018, voltou ao Brasil e foi contratada pelo Bauru. A paraense defende o Osasco desde 2021.

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