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Léo Pelé diz que não aceitará injúria racial sofrida em clássico: 'Inadmissível'

Léo Pelé, zagueiro e capitão do Athletico, no jogo contra o Coritiba, pelo Paranaense - Gabriel Machado/Agif
Léo Pelé, zagueiro e capitão do Athletico, no jogo contra o Coritiba, pelo Paranaense Imagem: Gabriel Machado/Agif

25/01/2025 23h32

Neste sábado, durante o clássico entre Coritiba e Athletico-PR, realizado no Couto Pereira e válido pelo Campeonato Paranaense, o zagueiro Léo, que defende o Furacão, foi alvo de insultos racistas por parte de um torcedor do Coxa. Após a partida, o jogador de 28 anos considerou o acontecimento "inadmissível" e cobrou uma posição de todos que ainda não se pronunciaram sobre o caso.

"É inadmissível enfrentar tamanho desrespeito como o preconceito que sofri hoje no Atletiba. Racismo é crime! Não aceito e não deixarei passar!", publicou o atleta, através de seu Instagram.

"Vou tomar todas as medidas possíveis contra quem fez isso. Quem grita ofensa racista comete crime, mas quem escuta e finge que nada aconteceu também tem culpa. O silêncio alimenta o racismo, e isso precisa acabar. O futebol é para todos, e o respeito tem que estar acima de tudo", completou o atleta.

leo - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Publicação de Léo Pelé sobre injúria racial sofrida no Atletiba
Imagem: Reprodução/Instagram

Através de um vídeo publicado nas redes sociais, o agressor chama o atleta de "macaco" repetidas vezes: "Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai embora, Léo Pelé, seu macaco, seu preto. Aqui não, olha para cá, seu macaco", proferiu o torcedor, que acompanhava a partida das arquibancadas.

Atletas dos dois times discutiram e trocaram provocações desde o início do duelo. Aos 28 do primeiro tempo, o zagueiro Léo recebeu seu segundo cartão amarelo após uma dividida com Lucas Ronier e deixou o Athletico-PR com um a menos.

Foi durante a sua saída de campo, enquanto questionava a equipe de arbitragem sobre sua expulsão, que o jogador de 28 anos foi alvo de racismo.

No apito final, com placar de 0 a 0, houve mais confusão entre jogadores e comissão técnica de ambas as equipes, sendo necessária intervenção da polícia. Sem gols, o clássico terminou com um total de dois expulsos e 11 amarelos.

Logo após o incidente, ambos os clubes repudiaram tal atitude e afirmaram que adotarão todas as medidas cabíveis para que o responsável seja identificado e punido conforme a lei manda.

Depois da partida, Léo foi até a Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos) no Couto Pereira para fazer um boletim de ocorrência sobre o caso, mas não tinha ninguém no local no momento.

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