Copa 2030: Rodada na América do Sul gera incerteza sobre as Eliminatórias
Três jogos em três países sul-americanos. Três vagas garantidas na Copa do Mundo 2030. Mas o que fazer com as Eliminatórias?
Essa é uma questão ainda sem resposta que paira sobre a Conmebol e a Fifa.
Uruguai, Argentina e Paraguai não precisarão batalhar por vagas. Sobram sete países no continente. E o que fazer com eles?
O formato das Eliminatórias ficou em xeque já para a Copa de 2026 diante do aumento de vagas para a Conmebol — seis diretas e uma para repescagem. Mesmo assim, os países decidiram manter a fórmula de pontos corridos, ida e volta.
Só que como fica na próxima?
Primeiro, é preciso entender quantas vagas sobrariam para a Conmebol, além daquelas destinadas aos três anfitriões de parte da primeira rodada de 2030.
A distribuição para a Copa do Mundo Feminina é um indício. Para 2027, o Brasil foi o escolhido anfitrião e "matou" uma das vagas da Conmebol. Sobraram outras duas diretas (dentro do universo de 29 seleções) e mais duas para a repescagem (de onde saem três seleções classificadas, completando 32).
Se esse formato se repetir na masculina em 2030, a Conmebol teria em disputa, então, três vagas diretas e uma para a repescagem. Sete países na concorrência.
Mas e o torneio em si? Se jogarem todos contra todos, sempre haveria alguém "de folga" em alguma rodada, porque é número ímpar.
Argentina, Uruguai e Paraguai ficariam fora completamente?
Se jogarem, os pontos que eles somarem (ou retirassem) serão ou não considerados?
Se o trio ficar fora das Eliminatórias, vai fazer o que/jogar contra quem ao longo do ciclo?
Por ora, são perguntas que ainda carecem de discussão mais aprofundada.
Tirar Argentina e Uruguai das Eliminatórias teria um impacto econômico forte para as seleções que disputam.
Para o Brasil, seria uma caminhada sem clássicos. Só a Colômbia de adversário mais pesado. E olhe lá.
A venda de direitos de transmissão pode ser impactada.
As Eliminatórias atuais já estão chegando à reta final. Faltam seis rodadas — três datas Fifa: março, junho e setembro — até que se encerrem todos os jogos.
Como a próxima Copa ainda é em junho de 2026, os dirigentes entendem que têm bastante tempo para pensar.