Ligação de Fábregas tirou zagueiro da geração de R$ 1 bilhão do Palmeiras
Fellipe Jack, zagueiro formado na base do Palmeiras que está emprestado ao Como desde fevereiro, enfim fez sua estreia como profissional — e já na elite do futebol italiano. No entanto, quando Jack chegou à Itália, o Como estava na Série B e o garoto tinha feito grande temporada no sub-17 do Alviverde.
O que fez Jack deixar o Palmeiras
A princípio eu seguiria no Palmeiras, ia recusar o convite do Como. Mas aí recebi uma ligação do Fábregas. Ele me explicou os projetos do clube, disse que tinha visto meus vídeos atuando e que tinha gostado muito do meu futebol. Quando um cara como o Fàbregas liga e diz que quer você no time, é difícil recusar. Fellipe Jack, em entrevista ao UOL.
"Fiquei impressionado porque uma coisa era ele dizer que já tinha me visto jogar, e outra foi citar meu estilo de jogo, falar da minha construção de jogo, muitos detalhes do que faço em campo", acrescentou.
Fàbregas, que teve grande carreira como jogador, é técnico e acionista minoritário do Como. Ele esteve à frente do time na Série B e levou a equipe para a elite do futebol italiano.
O Como tem um projeto ambicioso e gastou 40 milhões de euros em reforços (R$ 251 milhões na cotação atual) no início da temporada. A equipe tem como presidente Dennis Wise, ex-jogador do Chelsea, e outro acionista minoritário é Thierry Henry, ex-atacante francês que fez história com a camisa do Arsenal e do Barcelona.
Fellipe jogaria inicialmente no time sub-19 da equipe, mas em 2024 já foi relacionado em jogos do time principal e fez sua estreia como profissional contra a Fiorentina.
Um dos garotos da "geração de R$ 1 bilhão" do Palmeiras, Jack deve seguir Como. Ele estava emprestado pelo Palmeiras até julho de 2024, mas o vínculo foi renovado até junho de 2025. O jovem de 18 anos tem passe fixado no valor de 2 milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões na cotação atual) por 60% dos direitos econômicos.
Ainda não entraram em contato comigo, mas tudo indica que vão exercer a minha opção de compra. Estou me sentindo bem, feliz de jogar agora no profissional. Espero ficar aqui pelos próximos anos, por que o clube tem um projeto muito bom para mim.
Veja outros trechos da entrevista com Fellipe Jack
Sensação de estar no futebol europeu: "É uma sensação um pouco estranha. Querendo ou não, há um ano eu estava jogando no time sub-17 do Palmeiras. Hoje eu sou treinado pelo Fábregas, vejo o Henry direto, treinei com o Varane, Sergi Roberto, Alberto Moreno [todos contratados pelo Como na última janela de transferências]. Nem nos meus melhores sonhos pensei em estar com caras desse tipo, com grandes carreiras. Ver eles de perto já é uma experiência fantástica".
Saída precoce do Brasil: "Foi um processo difícil. Minha família não veio morar comigo. Eles têm muita coisa no Brasil. Minhas irmãs estudam e eles não podiam vir morar comigo aqui. Mas desde que vim, eles tentam se fazer presentes aqui comigo. Querendo ou não, você vai pra outro país, é uma outra cultura. Você não conhece ninguém, você não fala o idioma. Foi um processo muito difícil".
Contato com as crias da geração de R$ 1 bilhão: "Acho que é uma sensação muito boa pra todo mundo, são coisas que a gente sempre sonhava quando a gente era criança, conversava com eles sobre isso. Ver todo mundo conseguindo conquistar tudo o que a gente já sonhou um dia é muito legal, muito gratificante. Converso quase todos os dias com eles, principalmente com o Vitor Reis, Luighi. São quase irmãos pra mim, e eu estou junto desde os 10 anos".