JP Sampaio revela cobrança por polivalência na base do Palmeiras e destaca integração com o profissional
A equipe sub-20 do Palmeiras conquistou o título do Campeonato Brasileiro ao vencer o Cruzeiro, por 3 a 0, em duelo de volta da final da competição. Allan e Rafael Coutinho (duas vezes) anotaram os tentos palmeirenses do jogo no Allianz Parque.
Coordenador da base do Verdão, João Paulo Sampaio, contou que durante a formação, os atletas são obrigados a jogarem em, pelo menos, três posições. O profissional citou a importância dessa característica para quando os jogadores serem promovidos no time principal.
"Na verdade esse método já existia. O Abel só chegou e aproveitou, mas quando essa geração Patrick de Paula. O Patrick de Paula jogou de lateral esquerdo, de zagueiro, na semifinal de Brasileiro. Foi o número quatro. A gente, por obrigação nossa, os jogadores tem que jogar no mínimo em três funções e em vários sistemas. Primeiro, porque isso aqui é uma escola e na escola você não vai só estudar uma matéria, isso você deixa para quando for para faculdade, que é o profissional", disse.
Antes de chegar ao Palmeiras, em maio de 2015, na gestão do ex-presidente Paulo Nobre, João Paulo Sampaio era diretor de futebol do Vitória. Atual coordenador de base do Verdão, o profissional relembrou jogadores que passaram por mudanças de posições durante a formação e citou os casos do atacante Hulk, do Atlético-MG, e do zagueiro David Luiz, do Flamengo.
"E aí a gente tem alguns exemplos. O Hulk, por exemplo, com 17 ou 18 anos era lateral esquerdo, a gente teve que mudar a posição dele no Vitória. E se a gente não enxerga isso? David Luiz a mesma coisa, era meio campista e foi para zagueiro. Então assim, a gente faz isso como um processo. É obrigatório todos os jogadores treinarem e jogarem em três posições. Não é uma questão só da comissão do Abel. É importante para que o Abel tenha jogadores polivalentes, até porque o sistema do jogo é mais parecido no sub-20", seguiu.
João Paulo Sampaio também citou Vanderlan, Cria da Academia, que hoje está integrado ao time profissional. O lateral tem como um de seus trunfos a capacidade de jogar como lateral ou como ala. O coordenador da base exemplificou o trabalho de polivalência de jogadores, dando alguns exemplos.
"O Robson chegou agora e já está de zagueiro. Ele é volante. O Luighi joga na beirada, joga por dentro, então assim. Arthur joga de 11 joga de seis igual Vanderlan. Ele jogou de 11, de 6 e jogou de zagueiro por muito tempo. Então é isso aqui é uma é um método do clube, porque a gente sabe que quanto mais a gente enriquece o atleta melhor é para o futuro deles", finalizou.
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