Medo do Luciano? Zubeldía ironiza ao responder por que atacante foi reserva
O técnico Luis Zubeldía, do São Paulo, ironizou um jornalista ao ser questionado sobre o fato de Luciano ter sido reserva contra o Botafogo — o atacante, que perdeu a vaga para William Gomes, entrou na etapa final do empate sem gols entre as equipes, em duelo da Libertadores ocorrido na noite desta quarta (18) no Nilton Santos.
O que ele falou?
O que você quer que eu diga? O que você gostaria de escutar? Você tem medo do Luciano? Se está perguntando, é porque tem temor. Eu não tenho medo, pode jogar um ou outro. Pode ficar tranquilo, não tenha medo! O Luciano é boa gente e profissional. Ele tem sua personalidade, mas não será a primeira nem última vez que não vai jogar. Agora, se você me pergunta se o Luciano é muito importante, ele é. Muito. Só podem entrar 11, não há que ter medo do jogador Zubeldía
Alan Franco como lateral. "Ele tira muitos cruzamentos, o Igor [Jesus] não é tão alto, mas cabeceia muito bem. Sabíamos que, se os laterais fossem profundos e não cuidássemos da bola, o jogo iria passar muito por cruzamentos. No 2° tempo, o Alan como lateral não atua como zagueiro e passa a ter muito desgaste. Vi que ele perdeu duas bolas na condução e precisei colocar jogadores frescos. Às vezes, é melhor colocar jogadores com mais frescura, como foi o caso."
Raio-X do empate. "No 1° tempo, nos custou ter a bola pela pressão deles e um pouco também pela adaptação ao gramado. Quando os quatro ofensivos deles tomavam a segunda bola, vinham de frente e, com espaço, não pudemos bloquear bem. Almada, Savarino, Luiz Henrique e Igor Jesus são jogadores que podem driblar e gerar situações individuais. É Copa Libertadores. Fizemos um 1° tempo com muita entrega e compromissos. Claro que no 2° tempo fomos diferentes, estivemos melhor ordenados e, a partir daí, com os mesmos 11 — e depois com as mudanças —, tivemos situações."
Pouco agressivo? "Quanto às criações, melhoramos, porque contra o Nacional-URU não tivemos situações. São partidas de Libertadores. Fizemos uma campanha muito boa e ganhamos como visitante, terminamos em 1° do grupo, empatamos contra o Nacional no Uruguai. Hoje, no 2° tempo, tivemos chances claras. Eu sabia que, corrigindo algumas coisas, melhoraríamos no 2° tempo. O 1° tempo foi virtude do rival, mas também porque tínhamos que correr um pouco melhor no campo. No 2° tempo, ficamos mais tranquilos. São partidas da Libertadores, é preciso fazer uma boa série de 180 minutos e creio que podemos passar."
Trio na zaga. "Sabíamos que, se não pudéssemos reter a bola com os três zagueiros, teríamos problemas porque o lateral deles daria um passo a mais e jogaria no nosso campo. Estas situações são perigosas. Apesar das situações que tivemos no 1° tempo, há outra: defendemos muito bem. Eles foram bastante superiores no 1° tempo, mas para mim trata-se de correr melhor o campo e ter a bola. [...] Eu joguei aqui no ano passado pela LDU, empatamos por 0 a 0. Um lateral-direito jogou de 8 e um zagueiro jogou de lateral-direito. A diferença do que fizemos hoje é que jogamos no 4-2-3-1, hoje fomos com linha de três. Como já tinha essa experiência, coloquei um zagueiro a mais porque sei que eles são fortes no um contra um e buscam conectar."
Arbitragem. "O árbitro, nas pequenas faltas que te fazem descansar, deu para o lado deles e não para o nosso. Isso, como visitante, te empurra, ainda mais com uma equipe que fazia a pressão. Eles começam a golpear. Não pudemos ter a bola diante da pressão deles e, se você não cobra faltas, eles vêm. Eles criaram duas ou três situações por isso. Mas entendo, é Libertadores. No MorumBis, espero que os árbitros façam o mesmo. Mas está tudo bem."
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