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Mano solta beijo irônico para torcedor após gol do Flu: 'Desejei coisa boa'

Mano Menezes, técnico do Fluminense, durante jogo contra o Atlético-MG - CELSO PUPO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Mano Menezes, técnico do Fluminense, durante jogo contra o Atlético-MG Imagem: CELSO PUPO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/09/2024 22h15

A comemoração do gol do Fluminense, já na reta final da partida contra o Atlético-MG, gerou até uma cena irônica do técnico Mano Menezes: um beijo para um torcedor "corneteiro" que estava próximo a ele na arquibancada.

Leve por causa da vitória no jogo de ida das quartas de final da Libertadores, o técnico explicou a atitude. Sem perder a classe.

"Gol é sempre um momento de extrema felicidade para a gente, ainda mais um gol no final. É coisa boa mesmo que eu desejei para ele. Na mesma proporção que ele estava desejando para a gente. A nossa razão de existir, pela qual nós entramos em campo, de tudo que a gente faz, além da nossa questão profissional que é nosso trabalho, é o torcedor. Se ele não existir, não tem razão nenhuma da gente trabalhar no futebol. Fico muito feliz da gente poder construir vitórias como construímos hoje", afirmou.

Feliz com a estratégia. "Foi um jogo grande, não só no tamanho, mas na disputa das duas equipes. A gente esperava um jogo desse grau de dificuldade. Jogamos contra a equipe com a maior posse de bola disparada no Campeonato Brasileiro. Então, você tinha que pressionar essa equipe para fazer um contra-ataque sem dar tanto espaço. Os atacantes deles são muito bons, ótimos definidores. E a gente precisava entender isso, acho que entendemos bem. A equipe estava um pouco ansiosa, talvez pelo significado do jogo, pela semana (anterior), porque não dá para separar uma coisa de outra coisa. Eu fiquei muito contente com a resposta que a equipe deu, com todos os jogadores que iniciaram, com todos os jogadores que entraram depois. Acho isso fundamental, conseguimos estabelecer uma boa estratégia. Estratégia funcionou bem".

Lima, autor do gol, é subvalorizado. "Existem jogadores supervalorizados no futebol brasileiro e existem os subvalorizados. Lima está entre esses que são subvalorizados. Falo isso de um modo geral, externamente. Porque ele faz quase tudo certo que a gente precisa que ele faça. Você coloca de extrema, ele sabe fechar para fazer um bom meio e tem qualidade. Define bem, passa bem, domina bem. Se você coloca de volante, como foi possível colocar hoje, porque tínhamos o controle do jogo naquele momento, tínhamos volume para colocar um meia de volante, e ele faz bem. Então, o Fluminense não foi campeão da Libertadores no ano passado à toa. Ele foi porque tem elenco composto de jogadores como Lima. Nos momentos mais importantes eles dão a sua participação para a equipe. Isso nos deixa muito contente".

O que mais Mano disse

Dedo do técnico funcionou nas substituições

"Eu não tenho essa pretensão de dizer que acertei porque a jogada do gol foi com os três jogadores que entraram. Eles estão aí, eles têm muito mérito. Acho que o maior mérito da equipe é fazer uma jogada trabalhada da defesa até o ataque no último minuto do jogo. Isso sim, porque a tendência nessa hora é você querer apressar, o torcedor ficar ansioso, quer te empurrar e às vezes comete escolhas erradas. A equipe foi bem porque teve essa maturidade, a gente conversou sobre isso.

De onde vem a maturidade

"Até usamos como exemplo o jogo do São Paulo e Atlético-MG no Morumbi. Teve nesse momento também na ânsia de buscar vitória e às vezes você sofre um gol. Essa maturidade da equipe tem a ver com tudo que ela conquistou nos últimos tempos, por isso que ela está nesse estágio e a gente sai contente por isso".

Tamanho da vantagem

"Eu entendo exatamente assim, é um jogo dividido em duas partes. A primeira parte a gente fez bem, está vencendo de 1 a 0. Pode empatar a segunda parte, que é essa vantagem que a gente leva. Só que não dá pra sair daqui de casa pensando em empatar um jogo desse tamanho. Se terminar empate no final a gente aceita porque vai nos dar a vaga".

O que fazer na volta

"A gente quer construir um jogo no nível ou até melhor do que o jogo que fizemos aqui. Acho que podemos fazer. É um jogo em outras circunstâncias, o adversário também vai ter que te atacar, o adversário também vai ter que se expor e isso pode dar um espaço maior. A maior dificuldade que a gente teve no primeiro tempo foi que não havia muito espaço para a gente construir nossas jogadas em função de uma equipe que marcou forte, que vem adotando esse critério de quase de perseguição individual até determinados momentos do campo. E aí a gente sofreu um problema. Vamos saborear a primeira parte, mas com os pés no chão, com a cabeça no lugar, sabendo que teremos que fazer um grande jogo na segunda parte".

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