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Seleção se assume resultadista e revê mentor de retranca da Copa América

Dorival Júnior e Gustavo Alfaro estiveram frente a frente na Copa América - RAFAEL RIBEIRO/CBF
Dorival Júnior e Gustavo Alfaro estiveram frente a frente na Copa América Imagem: RAFAEL RIBEIRO/CBF
do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/09/2024 05h30

A seleção brasileira está numa "vibe resultadista" e não nega. Por pressão e por necessidade. Tudo para mudar a má impressão deixada pela Copa América, já sob o comando de Dorival Júnior, e a campanha ruim no começo de Eliminatórias - legado de Fernando Diniz.

O que nós queremos é primeiro vencer e, com certeza, dar alegria ao povo brasileiro. O futebol hoje não é só jogar bonito, é resultado. Vai ter jogo que você vai ganhar de 1 a 0 sem jogar bem e vai ter jogo que você vai jogar bem e não ganhar. Isso é o futebol. Temos que ter paciência. É um novo ciclo, vamos nos adaptar e o mais importante agora é resultado para colocar a seleção onde deve estar Gabriel Magalhães

Mas o jogo diante do Paraguai, nesta terça-feira (10), tem um obstáculo a mais para temperar a tentativa de segunda vitória consecutiva. É reencontro com um técnico que foi o mentor do primeiro - e talvez mais irritante - empate da campanha do time de Dorival na Copa América.

Gustavo Alfaro é o argentino por trás da estratégia da Costa Rica naquele 0 a 0 de junho. O Brasil teve trabalho para achar espaços (não só por causa do campo reduzido). Além do mais, se viu atrapalhado por uma atuação eficiente do goleiro adversário.

Alfaro foi a solução que os dirigentes paraguaios encontraram para tirar a seleção de uma má fase que mais uma vez ameaça a equipe de ficar fora da Copa do Mundo - mesmo em uma Eliminatória na qual seis têm vaga direta e uma vai para a repescagem.

Fator casa

Jogar no Defensores del Chacho pode mexer com o enredo de duas formas. Encorajar o Paraguai, amenizando o efeito da eventual retranca, e dar ainda mais dedicação aos jogadores para preencher espaços. A seleção brasileira vai precisar transitar bem nessas dinâmicas de jogo.

A questão é que o momento ofensivo não é dos melhores. O placar magro da vitória sobre o Equador foi apenas o episódio mais recente de um desequilíbrio ofensivo da seleção - que ficou mais flagrante a partir daquele jogo contra a Costa Rica. Antes, a dor de cabeça de Dorival no início de trabalho era organizar a defesa.

No momento, a seleção não joga com um camisa 9, apesar de ter Endrick, e os pontas não estão com liberdade para dar tanto volume de jogo. Vini Jr. deve boas atuações com a amarelinha pela esquerda. Na direita, Luiz Henrique é novato e Estêvão está no banco. Pelo meio, Rodrygo tem feito gols, mas sempre atua fora da posição preferida.

"O Dorival tem grandes ideias e procura deixar o time muito ofensivo para trabalharmos a posse de bola no campo de ataque com respaldo para atacar defendendo", explicou o volante André.

A tarefa agora é contornar as "pegadinhas" de Alfaro e fazer o time encaixar, na prática, o que tem sido passado na teoria. Começou a data Fifa em sexto nas Eliminatórias. A vitória de sexta-feira levou o time para a quarta posição. Ganhar do Paraguai, pelo placar que seja, pode dar mais tranquilidade para o time jogar bem.

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