Vitão: Fiel e raça igualam as coisas para o Corinthians no Majestoso

Contra um São Paulo superior tecnicamente, numericamente e ainda muito mais bem dirigido, o empate do Corinthians, na marra, veio graças à raça (que não faltou a nenhum dos limitados alvinegros) e ao apoio irrestrito, inigualável e incondicional da Fiel: 2 a 2 justo.
Carlos Miguel (que, se o técnico António Oliveira e, principalmente, a gestão Augusto Melo do Corinthians tivessem vergonha na cara, nem sequer teria sido escalado e não vestiria nunca mais a camisa alvinegra) teve à frente uma das piores linhas defensivas dos quase 114 anos de tradições e glórias mil do time do povo: Matheuzinho, Cacá, Caetano e Hugo, todos juntos e misturados, são dose!
Cacá fez o seu segundo gol contra consecutivo, o segundo do São Paulo. Se contra o Atlético-GO usou a cabeça, desta vez, atacou o patrimônio de carrinho, mostrando repertório. Muito antes disso, logo aos 3 minutos, Caetano foi quem mais chamou a atenção negativamente em uma falha de todo o indefensável sistema defensivo: Lucas, sob o tapete vermelho estendido, abriu o placar.
Entre um tento tricolor e outro, Igor Coronado, assumindo toda a responsabilidade da armação na ausência de Garro, assinou uma pintura à altura dos vencimentos mensais de R$ 2 milhões. E o 2 a 2 saiu ainda no primeiro tempo: após luta legal de Yuri Alberto, que deixou o fraquíssimo Luciano estatelado no chão, Mosquito fez outro belo gol! Festa na favela apinhada!
António Oliveira voltou com Bidon (que jamais deveria ter perdido a condição de titular) no lugar de Moscardo. O jogo continuou equilibrado pela maior qualidade de um lado se opondo à vontade e ao ambiente da Neo Química Arena.
Para não ter chance de vencer, António Oliveira castigou a Fiel e Mosquito, trocando o ponta por Pedro Raul. Ruim no ataque, pior na defesa com o vermelho para Caetano. O zagueiro, que já havia enterrado o time na queda do tabu Majestoso, no Paulistão, quando também foi expulso, deixou o Corinthians à mercê da pressão tricolor por quase 20 minutos.
E Carlos Miguel, como ainda veste a camisa alvinegra, voltou a salvar o time, como, registre-se, já havia feito em Goiânia. Para quem troca valores por boas defesas, o que não é meu caso, está tudo certo....
Sem Carlos Miguel, que, de forma deliberada, cavou o seu terceiro amarelo após dar um "presta atenção" no nervosinho Luciano na comemoração tricolor do gol contra de Cacá, o Corinthians encara o Inter, quarta, com Matheus Donelli no gol. Que além do futebol e dos pontos para se manter fora do Z-4, o Corinthians reencontre também a vergonha na cara. Já a luta do São Paulo é bem mais acima. Ainda que abaixo da briga pelo título brasileiro.