Renato Gaúcho sugere solução para Brasileirão: 'Sobem quatro e não cai ninguém'
Na noite desta segunda-feira, Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, comentou em entrevista ao programa Boleiragem, do Sportv, sobre a situação dos clubes do Rio Grande do Sul no Campeonato Brasileiro. O treinador sugeriu que, por conta das equipes sulistas serem afetadas com o adiamento dos jogos, não haja rebaixamento nesta edição da competição. No entanto, os quatro times da Série B ainda jogariam a Série A em 2025.
"Eu entendo que os outros clubes da segunda divisão estão brigando para subir, mas aí cabe à CBF arrumar uma solução. Então, sobem os quatro (times da Série B) e não cai ninguém. Porque na pandemia a gente viu o que sofremos também. É uma situação muito difícil em que os clubes vão ficar muito para trás, justamente na parte física, no ritmo de jogo, na parte psicológica. Tem muita gente que acha que, agora, as águas no Rio Grande do Sul vão baixar e tudo vai voltar ao normal. Eu acho que muita coisa, infelizmente, vai continuar acontecendo, e parte psicológica dos jogadores vai ser afetada", declarou.
Renato Gaúcho também falou sobre a dificuldade que as equipes vão enfrentar nos próximos meses. Devido às enchentes, as equipes pararam de treinar e jogar e ficaram para trás dos adversários nas competições.
"A conta para o Grêmio, para o Internacional e para o Juventude, infelizmente, vai chegar ali na frente. O Grêmio vai ficar um mês sem jogar, vai jogar na próxima quarta-feira, uma final de Libertadores praticamente. Três dias depois, no sábado, o Grêmio vai ter que jogar uma partida pelo Campeonato Brasileiro, talvez em Curitiba ou no Rio de Janeiro. Isso no sábado à noite. O Grêmio viaja no domingo, cinco ou seis horas de viagem, para o Chile, para jogar na terça-feira outra final da Libertadores. Sai do Chile, volta para o Brasil, para no sábado jogar outra final da Libertadores. Como é que faz? Cansaço, parte psicológica. Os adversários estão com ritmo de jogo, meu grupo não está", afirmou.
Pró-paralisação
Renato Gáucho afirmou que é a favor da paralisação do Brasileirão. A CBF adiou as rodadas 7 e 8 da competição, sendo que antes já havia adiado as partidas dos clubes gaúchos até o próximo dia 27.
"Aí você me pergunta se eu sou a favor ou contra a paralisação do Campeonato. Eu sou 101% para parar o Campeonato. Nessas horas eu entendo a parte financeira de alguns clubes, eles precisam andar. Mas o que é mais importante: a parte financeira ou as vidas humanas? É inacreditável", disse.