Trabalhos ruins? Por que estrangeiros opções do São Paulo estão sem clube
O São Paulo busca um técnico estrangeiro para suceder Thiago Carpini e vê, pelo menos, três nomes com bons olhos: Domènec Torrent, Carlos Carvalhal e Luis Zubeldía. Todos estão sem clube.
Domènec livre: por quê?
Domènec não trabalha desde maio de 2022, e seus dois últimos times foram o Flamengo e o Galatasaray, da Turquia — ambas as saídas foram conturbadas.
O espanhol durou pouco mais de três meses no rubro-negro e acabou demitido após a goleada sofrida pelos cariocas diante do Atlético-MG, em confronto do Campeonato Brasileiro de 2020.
Dome, como ficou conhecido, carregou o peso de suceder Jorge Jesus e implantou um rodízio na equipe, ideia rechaçada por alguns torcedores e até por membros da diretoria. Ele encerrou sua passagem no Flamengo com aproveitamento de quase 64%: foram 24 jogos, com 14 vitórias, quatro empates e seis derrotas.
No início de 2022, Domènec assumiu o Galatasaray e venceu apenas uma vez em suas cinco partidas iniciais. Não houve melhora, e o time acabou na 13ª posição do Campeonato Turco — a pior colocação do clube na história do torneio.
A demissão veio no fim daquela temporada e, desde então, ele está desempregado. No ano passado, ele chegou a ser cotado no Athletico, mas as negociações não avançaram.
Carvalhal livre: por quê?
Carvalhal deixou o Olympiacos em fevereiro deste ano — antes disto, comandou o Celta de Vigo e o Al-Wahda. Nos três clubes, a trajetória não foi longa: ao todo, foram 44 partidas.
O trabalho mais recente, aliás, envolveu uma polêmica. De acordo com a imprensa europeia, ele e o diretor esportivo do time grego deixaram o cargo após entendimento que a diretoria queria ser influente nas decisões de campo. O trabalho durou apenas 11 jogos.
Pouco antes, em 2022, o português comandou o Celta com a missão de livrar o clube da zona de rebaixamento e obteve sucesso. Os espanhóis fecharam a temporada na 13ª colocação do nacional, mas Carvalhal não quis renovar seu vínculo.
Há também uma rápida passagem pelo Al-Wahda, dos Emirados Árabes: foram apenas quatro duelos disputados e apenas uma vitória. Na época, jornais europeus cravaram a saída por "questões extracampo".
Zubeldía livre: por quê?
Zubeldía anunciou sua saída da LDU em janeiro deste ano, mesmo período em que o São Paulo fechou com Thiago Carpini — ele, inclusive, chegou a ser sondado para o cargo.
A passagem do comandante pelo clube equatoriano foi vitoriosa: além de faturar o campeonato nacional, tornou-se campeão da Sul-Americana diante do Fortaleza. Ao todo, foram 40 vitórias em 71 jogos.
Ele deixou a equipe com o fim do contrato, que não foi renovado mesmo diante do bom momento. A saída, no entanto, acabou com homenagens e portas abertas. Desde então, optou por tirar um período "sabático".
O argentino tem só 43 anos, mas uma longa carreira como técnico: ele se aposentou cedo do futebol e migrou para a área técnica em 2008, quando assumiu o Lanús e tornou-se o treinador mais novo a faturar o Campeonato Argentino.
Além da LDU e do Lanús, Zubeldía comandou diferentes clubes da América do Sul e teve até uma experiência na Espanha, em 2017, quando dirigiu o Alavés.
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