Brasileirão tem concussões em dois jogos, e CBF valoriza novo protocolo
![Exato momento em que Viña e Adriano Martins têm choque de cabeça em Atlético-GO x Flamengo - Marcelo Cortes / Flamengo](https://conteudo.imguol.com.br/c/esporte/a0/2024/04/14/exato-momento-em-que-vina-e-adriano-martins-tem-choque-de-cabeca-em-atletico-go-x-flamengo-1713138936691_v2_450x600.jpg)
A primeira rodada do Brasileirão já teve uso do novo protocolo de concussão, que prevê uma substituição a mais, caso algum jogador não consiga ficar no jogo após uma pancada na cabeça.
O que aconteceu
Em duas das dez partidas da rodada houve alguma substituição confirmada com base no protocolo de concussão, após pancadas na cabeça.
O primeiro a usar o recurso foi o volante Marlon Freitas, do Botafogo, substituído contra o Cruzeiro.
Matías Viña, do Flamengo, e Adriano Martins, do Atlético-GO, bateram de cabeça e também não conseguiram seguir no jogo. Houve um corte na testa do defensor do time goiano. O lateral do Fla foi conduzido a um hospital para avaliações.
No Vasco x Grêmio, Kannemann chegou a ser tirado de campo com suspeita de concussão após se chocar com Matheus Carvalho. Mas o médico do clube mudou o diagnóstico. A sexta substituição, ao fim das contas, não foi habilitada.
Para a CBF, o número de ocorrências logo na primeira rodada do Brasileirão é um sinal de que o uso do protocolo é um acerto.
Porém, a entidade vai averiguar o que aconteceu na situação envolvendo Kannemann. Em tese, se o cartão vermelho é acionado para a troca por concussão, ele não pode ser retirado depois.
Mostra para nós que estamos corretos em fazer a proteção do jogador. Estamos vendo que cada vez acontece mais. Poderia passar despercebido porque não tinha o mecanismo, mas esse é o caminho. É uma coisa nova. Temos que ir adiante. Na primeira rodada, já mostrou que valeu a pena Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF
Como ficam os jogadores
A substituição adicional acontece quando o médico do clube percebe que o jogador apresenta sintomas apontando para concussão. Não precisa necessariamente ter sangramento. Mas principalmente tontura e confusão mental.
Com o diagnóstico em campo, a substituição é feita quando o médico entrega à arbitragem um cartão vermelho — e não branco — para efetuar a troca do jogador. Isso habilita o time adversário a fazer uma substituição adicional, totalizando seis.
Se usarem o cartão vermelho, os médicos precisam enviar à CBF um relatório a respeito do episódio.
"Se ele usar o cartão vermelho, tem que me dar o que fez com o paciente, que tipo de exames, se fez tomografia. A gente vê o vídeo e o médico nos diz quando pretende voltar com o jogador", completou Pagura.
A comissão médica não cria prazos para volta dos jogadores às atividades. Normalmente, isso acontece na partida seguinte. Mas essa decisão é prerrogativa dos clubes.
"Se o médico disse que volta no próximo jogo, eu quero saber o porquê", disse o presidente.
A substituição adicional pode ser feita em qualquer momento do jogo e não é contabilizada nas três paradas para trocas de jogadores, previstas inicialmente na regra.
O Cruzeiro usou a sexta substituição, já nos acréscimos, empatando com o Botafogo no número de trocas, mesmo sem ter concussão no time.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.