Estádios do Brasileirão chegam a R$ 2 bilhões em acordos de naming rights
O Campeonato Brasileiro de 2024 terá oito estádios que, juntos, somam R$ 2 bilhões em contratos de naming rights.
Cifras milionárias
A edição deste ano conta com quase um terço dos times tendo acordos para o nome de seus estádios. São eles: Palmeiras (Allianz Parque), Corinthians (Neo Química Arena), Athletico-PR (Ligga Arena), Atlético-MG (Arena MRV), São Paulo (Morumbis) e Bahia (Casa de Apostas Arena Fonte Nova).
Além disso, o Pacaembu (Mercado Livre) e o Mané Garrincha (BRB) são outros dois palcos que podem receber partidas do torneio. Ambos não têm um clube fixo, mas o estádio na capital paulistana será reinaugurado no final de junho e possui acordos com São Paulo e Cruzeiro para sediar jogos, enquanto a arena em Brasília foi utilizada pelo Flamengo para mandar uma partida no ano passado.
O Pacaembu, sozinho, representa metade do montante de R$ 2 bilhões em naming rights. O Mercado Livre anunciou a compra dos direitos para batizar o local pelo valor de R$ 1 bilhão por 30 anos, o que equivale a R$ 33 milhões anualmente.
Neo Química Arena e Allianz Parque estão logo atrás, e com o mesmo valor de negócio: R$ 300 milhões por 20 anos. A Ligga Arena e o MorumBIS completam os cinco estádios com as maiores cifras de acordos.
Oportunidade de marketing
Os contratos de naming rights estão se tornando cada vez mais frequentes no futebol brasileiro. Empresas de diferentes ramos se interessam e investem na compra desses direitos, alavancando o marketing e as receitas dos clubes. Além disso, os estádios também passam a ser mais utilizados para a realização de shows e outros eventos.
A Fonte Nova é um dos estádios mais tradicionais do futebol nacional. O local também se destaca com grandes shows e possui plenas condições de sediar jogos da seleção brasileira e finais de torneios internacionais. Os estádios são ativos valiosos do esporte e a venda dos naming rights representa receita importante a ser explorada nos planejamentos dos clubes. Anderson Nunes, Head de Negócios da Casa de Apostas
As possibilidades de exploração comercial a partir de contratos firmados com parceiros são enormes. Hoje, já há um movimento um pouco mais consolidado, por parte de alguns clubes, que conseguem aproveitar muitas dessas oportunidades. O fato de as equipes deixarem de relutar em mudar o nome dos estádios em nome da tradição também é um fator que expressa uma nova mentalidade comercial. Joaquim Lo Prete, Country Manager da agência Absolut Sport no Brasil
As arenas dispõem de inúmeros canais para realizar ações, que vão desde meios físicos como os telões, camarotes e áreas comuns, até os meios digitais como as redes sociais. Atrelando-se à carga emocional envolvida nesses espaços, as marcas garantem um diferencial na criação de ações de experiência em relação à concorrência, assim como a conexão em um momento especial com o público. Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo
Acordos de naming rights dos estádios do Brasileirão
- Pacaembu (Mercado Livre) - R$ 1 bilhão por 30 anos - R$ 33 milhões por ano
- Allianz Parque (Allianz) - R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
- Neo Química Arena (Hypera Farma) - R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
- Ligga Arena (Ligga) - R$ 200 milhões por 15 anos - R$ 13,3 milhões por ano
- Morumbis (Mondeléz) - R$ 75 milhões por 3 anos - R$ 25 milhões por ano
- Arena MRV (MRV) - R$ 60 milhões por 10 anos - R$ 6 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena Fonte Nova (Casa de Apostas) - R$ 52 milhões por 4 anos - R$ 13 milhões por ano
- Arena BRB Mané Garrincha (BRB) - R$ 7,5 milhões por 3 anos - 2,5 milhões por ano
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