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Caixa recusa proposta do Corinthians de quitação da Neo Química Arena; confira

Neo Química Arena antes do jogo do Corinthians contra a Portuguesa, pelo Paulistão - Roberto Casimiro/Ag. Estado
Neo Química Arena antes do jogo do Corinthians contra a Portuguesa, pelo Paulistão Imagem: Roberto Casimiro/Ag. Estado

12/02/2024 16h36

A Caixa Econômica Federal recusou a proposta do Corinthians pela quitação da Neo Química Arena, formalizada em meados de novembro de 2023 por Duilio Monteiro Alves, ex-presidente do Timão. A informação foi divulgada inicialmente pela ESPN e confirmada pela reportagem da Gazeta Esportiva.

A proposta do Corinthians para quitar a Arena consistia na aquisição de créditos de terceiros em contratos de FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) para repassar ao banco e na utilização do dinheiro referente ao Naming Rights (cerca de R$ 356 milhões), recebido da Hypera Pharma.

A Caixa argumenta que o crédito do Naming Rights ofertado pelo Corinthians não é de titularidade do clube, e sim da Arena FII (Arena Fundo de Investimento Imobiliário), que não faz parte da proposta de quitação. Além disso, o banco alega que, mesmo que a Arena FII tivesse ofertado o valor, ele não poderia ser cedido já que o Fundo estaria impedido de transferir os direitos creditórios vindos da exploração da Arena.

Em relação aos créditos do FCVS, a Caixa entende que eles "não são aptos aos fins pretendidos na proposta de quitação". O montante que o Corinthians estava disposto a repassar é de R$ 175 milhões.

Apesar da negativa, a tendência é que a atual diretoria do Corinthians, chefiada por Augusto Melo, siga em contato com o banco em busca de alternativas para amortizar o valor da dívida, que é de R$ 706 milhões.

No contrato atual entre Corinthians e Caixa, ficou estabelecido que nos anos de 2023 e 2024 o clube arcaria apenas com os juros do período em que o Timão deixou de pagar o financiamento do estádio. No ano passado, somando todas as parcelas depositadas ao banco, o Alvinegro repassou quase R$ 100 milhões à instituição financeira.

Segundo o acordo vigente, apenas a partir de 2025 a agremiação passaria a amortizar o valor principal da dívida.

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