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Mafê baixa quase 3s e crava novo recorde sul-americano nos 400m livre

Maria Fernanda Costa quebrou recorde sul-americano nos 400m livre durante o Mundial - SEBASTIEN BOZON/AFP
Maria Fernanda Costa quebrou recorde sul-americano nos 400m livre durante o Mundial Imagem: SEBASTIEN BOZON/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

11/02/2024 14h46

O primeiro dia de finais da natação no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Doha foi marcada pelos brasileiros triscando medalhas nas provas individuais e alcançando grandes marcas.

Cachorrão e Maria Fernanda Costa alcançaram a quarta colocação nos 400m livre masculino e feminino, respectivamente. Gabrielle Roncatto nadou a mesma prova e chegou logo atrás da amiga, em quinto.

Mafê bateu o recorde sul-americano da prova ao baixar quase três segundos do recorde que já tinha quebrado nas eliminatórias. Gabi fez seu melhor tempo da carreira.

No revezamento 4x100m livre feminino, o Brasil chegou em sexto com Ana Vieira, Mafê Costa, Stephanie Balduccini e Aline Rodrigues.

Brasileiras batem marcas pessoais nos 400m livre

A final dos 400m livre feminino foi histórica para o Brasil, já que foi a primeira vez que o país teve representantes na história do Mundial de Esportes Aquáticos.

Maria Fernanda Costa saiu bem forte nos primeiros metros e chegou a ficar na segunda colocação durante a primeira metade da prova. Gabi Roncatto seguiu a compatriota e alternava entre terceiro e quarto lugares.

Nos metros finais, Mafê entrou na disputa do terceiro lugar com a alemã Isabel Gose. A brasileira brigou bastante e chegou em quarto, em 4min02s86, enquanto a adversária que levou o bronze fez o tempo de 4m02s39. Gabi ficou na quinta posição após nadar em 4min04s18.

O ouro ficou com a neozelandesa Erika Fairweather, que fechou a prova em 3m59s44 e a prata com a chinesa Li Bingjie, que nadou em 4m01s62.

A medalha não veio, mas o dia foi especial para ambas as brasileiras. Mafê bateu o recorde sul-americano da prova e Gabi conquistou o melhor tempo de sua carreira.

Muito bom, passei um bom tempo sem melhorar minhas marcas, e agora tenho evoluído muito. Estou muito feliz e com expectativa para a Olimpíada. A gente se puxa muito. O tempo inteiro nós duas alternamos posições. A gente não treina mal nunca, uma puxa a outra
Gabi, ao sportv.

Cachorrão é o quarto do mundo

Guilherme Costa durante a final dos 400m livre no Mundial de Esportes Aquáticos, em Doha - CLODAGH KILCOYNE/REUTERS - CLODAGH KILCOYNE/REUTERS
Guilherme Costa durante a final dos 400m livre no Mundial de Esportes Aquáticos, em Doha
Imagem: CLODAGH KILCOYNE/REUTERS

Cachorrão nadou na raia 7. Na primeira metade da prova, o brasileiro ficou entre a sexta e a sétima posições.

Nos últimos metros, Guilherme cresceu na prova, brigou pelo pódio e chegou em quarto lugar com o tempo de 3min44s22. O campeão foi o sul-coreano Kim Woomin, com 3min42s71.

Não gostei. Eu queria muito ser campeão mundial hoje, o foco é a Olimpíada, mas eu treinei muito e queria o primeiro lugar hoje, fazia parte do meu planejamento. Infelizmente não aconteceu. Esperava um pouquinho mais aqui. Agora é descansar e focar nas outras provas.
Cachorrão ao sportv.

"O meio de prova eu deveria ter crescido mais, foi aí que errei. Ainda vamos trabalhar bastante pela Olimpíada", concluiu o brasileiro.

Revezamento feminino em sexto

Na final do revezamento 4x100m livre feminino, o Brasil foi com o mesmo quarteto que conquistou a vaga nas eliminatórias: Ana Vieira, Mafê Costa, Stephanie Balduccini e Aline Rodrigues.

Ana foi a primeira a pular na água e entregou para Stephanie Balduccini na oitava colocação. Teté recuperou e alcançou a quarta posição na metade da prova, quando entregou para Mafê.

Na parte final da prova, a equipe brasileira passou a lutar pelo quinto lugar. As meninas terminaram na sexta posição, em 3min40s56. Holanda, Austrália e Canadá ficaram no pódio.

Vagas olímpicas no revezamento 4x100m

Mais cedo, a equipe feminina - formada por Ana Vieira, Mafê Costa, Stephanie Balduccini e Aline Rodrigues - garantiu vaga olímpica no revezamento 4x100m livre com o sexto melhor tempo das eliminatórias.

A conquista veio após a soma do resultado em Doha com o do Mundial de Fukuoka, em 2023. No ano passado, o time brasileiro fechou as eliminatórias com 3m38s99 e se manteve entre os 13 melhores tempos.

No revezamento masculino, a equipe brasileira optou por poupar os nadadores e não mandou representantes, já que estava com a vaga olímpica praticamente garantida. E foi isso que aconteceu, porque mesmo sem nadar, a vaga foi carimbada na madrugada de hoje.

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