Conselheiro do Palmeiras lista insatisfações com gestão Leila Pereira e reclama de retaliação a opositores
O clima político no Palmeiras efervesce. Na reunião do Conselho Deliberativo do clube na noite desta segunda-feira (23), a Mancha Verde, principal torcida organizada do Verdão, protestou contra a gestão da presidente Leila Pereira em frente à sede social ? com direito a pizzas e muitos cantos.
Na reunião do Conselho, alguns conselheiros opositores querem discutir a relação entre Palmeiras e a linha aérea adquirida por Leila, a Placar, que presta serviço ao Verdão na forma do avião utilizado pela equipe para viagens.
Além disso, medidas de retaliação da executiva ? como a suspensão no fornecimento de ingressos e a exclusão de consulados críticos à gestão ? e a polêmica entrevista coletiva também incomodam setores internos do Alviverde. Na sessão desta segunda, comandada por Alcyr Ramos, presidente do Conselho Deliberativo, alguns membros de oposição pediram a palavra.
Um deles foi Luiz Fernando Moncau, que conversou com a Gazeta Esportiva antes do início dos protestos e da reunião. O conselheiro listou as insatisfações da oposição com a gestão de Leila.
"Acho que o problema nem é tanto o desempenho esportivo", afirmou. "É um problema, muito mais, de condução política das coisas. Eu sou um dos conselheiros que está punido ou retaliado por ter se manifestado, feito questionamentos. Tem outras pessoas sendo retaliadas no mesmo sentido. Tem entrevista coletiva que nem toda imprensa pode participar, palavras muito fortes utilizadas pela presidente, inclusive contra nós da oposição, chamando de destruidores, e contra a instituição, no sentido de que o Palmeiras dependeria do patrocinador ou se não voltaria para a segunda divisão. São palavras muito fortes que aborreceram muito a torcida, muitos conselheiros, conselheiros da situação com quem falei também", completou.
Questionado pela reportagem se a expectativa era de que Leila pudesse explicar as palavras usadas na entrevista coletiva, Moncau assentiu ? mas fez uma ressalva.
"O único caminho para ela ter um pouco mais de paz e a gente conseguir conviver pacificamente até o final do mandato é ela pedir desculpas para os conselheiros que foram retaliados, para o torcedor que está profundamente ofendido e tocar daí a vida o seu último ano de gestão desse mandato. Não sei muito bem o que esperar. Quando a presidente convocou uma entrevista coletiva, achei que era para acalmar os ânimos, e na verdade, o que aconteceu foi mais lenha na fogueira. Um problema que era completamente contornável, ficou ainda maior. Acho que depende muito mais do lado da situação, de interromper essas medidas que são absolutamente inadequadas apara que a gente consiga retomar um caminho de normalidade", disse.
Moncau, por fim, citou "clima de intimidação" ao falar sobre as retaliações da atual gestão contra opositores.
"Tem aqueles que não se intimidam, que acabam sendo retaliados, mas tem outros que agente nota que ficam receosos. As vezes não concordam com alguma coisa, mas não falam, não criticam como gostariam. Isso é ruim porque a própria gestão deixa de ouvir as críticas, as legítimas e as exageradas. E, ela precisa das críticas legítimas para fazer um bom mandato. Então, esse jeito como as coisas estão sendo conduzidas, não tem como dar certo, no meu modo de ver", finalizou o conselheiro.
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