Quais os desafios emergenciais de Zé Ricardo no comando do Inter
Zé Ricardo assume o Internacional hoje (22). O treinador será apresentado oficialmente e já estreia no próximo sábado, contra o Bahia, em Salvador. E logo de cara, tem uma série de problemas imediatos para resolver e atingir o objetivo maior de colocar o Colorado na próxima Libertadores.
Queda de rendimento
O primeiro desafio do comandante é a queda de rendimento do time. O Internacional está oscilando desde o vice-campeonato da Copa do Brasil. Depois do 2 a 1 fatídico do dia 18 de setembro, o Colorado disputou oito partidas. Venceu Chapecoense e Avaí (os dois últimos colocados no Brasileiro), empatou com Cruzeiro, Palmeiras e Santos e perdeu para Vasco, Flamengo e CSA. Nove pontos conquistados em 24 disputados. Aproveitamento de 37,5%.
A queda de rendimento ocasionou a demissão de Odair Hellmann e continuou prejudicando o time nos jogos seguintes.
Torcida desconfiada
A torcida do Internacional está desconfiada. Tão logo Zé Ricardo foi anunciado, os aficionados não mostraram grande empolgação. A decepção com o vice-campeonato, a ausência de títulos importantes, os jogos recentes, tudo contribuiu para um ambiente longe do tranquilo.
Após a derrota para o Vasco, por exemplo, houve vaia e protesto. E a cobrança já foi bem mais forte anteriormente.
Estreia perigosa e time desfalcado
Zé Ricardo já vai estrear sob "mau tempo". O primeiro jogo dele como comandante do Inter será diante do Bahia em Salvador. O embalado e organizado time de Roger Machado é concorrente direto por vaga na próxima Libertadores, o que transforma o primeiro jogo já numa partida decisiva e perigosa.
Não bastasse a dificuldade natural do duelo, o Colorado não contará com D'Alessandro e Patrick, ambos suspensos. Rodrigo Lindoso e Nonato seguem como dúvida em razão de lesões. Rodrigo Moledo e Rafael Sobis também estão lesionados.
Sombra de Eduardo Coudet
Enquanto isso, Eduardo Coudet segue como "sombra" no comando técnico. O atual treinador do Racing recebeu proposta do Inter e gostou. No entanto, o encontro com dirigentes do clube na Argentina terminou com recusa em comandar o time imediatamente. A situação, porém, muda a partir do fim do ano. Durante o recesso do Campeonato Argentino, Coudet está disposto a conversar novamente com o clube gaúcho e inclinado a aceitar a oferta. Desta forma, independente do trabalho que Zé Ricardo realizar, já teria prazo de validade definido de antemão.