Warda é reintegrado à seleção egípcia após escândalo de assédio sexual
Cairo, 28 jun (EFE).- A Federação de Futebol do Egito (EFA) anunciou nesta sexta-feira que o meia Amr Warda poderá retornar à seleção egípcia quando terminar a primeira rodada da Copa Africana de Nações na próxima terça-feira, depois de tê-lo afastado há dois dias por ter sido acusado de assédio sexual por uma modelo na internet.
Em comunicado divulgado em seu site, a EFA explicou que seu presidente, Hani Abu Reda, "respondeu aos pedidos dos jogadores de perdoar seu colega Warda e de cancelar sua suspensão" da seleção, decisão tomada pelo próprio dirigente para "manter a disciplina, o comprometimento e a concentração da equipe".
Na nota, Reda elogiou o "espírito de solidariedade entre os jogadores e o desejo de perdoar seu colega" e pediu aos atletas que esse espírito se reflita no desempenho em campo "para satisfazer os torcedores e o povo egípcio".
A EFA acrescentou que a decisão foi tomada depois de uma reunião realizada ontem à noite com a presença do ministro de Juventude e Esportes, Ashraf Sobhy, todos os integrantes da seleção e o próprio presidente da federação.
Ontem mesmo, a estrela egípcia Mohammed Salah defendeu Warda publicamente, pedindo uma segunda chance para aqueles que cometem erros e afirmando que estes "não devem ser mandados direto para a guilhotina", mas sim educados.
A polêmica entre os que eram a favor e contra a suspensão de Warda fez a EFA rever a decisão de retirá-lo da seleção durante toda a Copa Africana de Nações, disputada no Egito.
Na semana passada, a modelo egípcio-britânica Merhan Keller revelou conversas com o jogador do PAOK Salonica através do Instagram, nas quais Warda insistia "para que fosse visitá-lo na Grécia antes de se concentrar com sua seleção.
Com a recusa, ela afirmou que o jogador a ameaçou, além de chamá-la de "estúpida" e "prostituta", segundo as capturas de tela da conversa divulgadas pela própria Keller.
Outras mulheres também denunciaram publicamente o jogador através do Twitter, rede por meio da qual, segundo elas, Warda lhes enviou vídeos com conteúdo sexual. EFE
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