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Mesmo reconhecendo seu valor, Gareca pede mais agilidade no uso do VAR

17/06/2019 23h59

Rio de Janeiro, 17 jun (EFE).- O treinador do Peru, Ricardo Gareca, afirmou nesta segunda-feira que o protagonismo adquirido pelo VAR nesta Copa América tem um ponto positivo, que é melhorar as decisões do jogo, mas que também pode ter um aspecto negativo se os árbitros perderem a segurança ao criarem uma dependência de seu trabalho na tecnologia.

"O que mais me preocupa, o que mais me interessa, é que os árbitros estejam cada vez mais convencidos e seguros de suas decisões", disse o técnico argentino, durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro, na véspera da partida contra a Bolívia, no Maracanã, pela segunda rodada do grupo A.

Gareca definiu o futebol como um esporte único, que já passou por diversas modificações para garantir um acompanhamento cuidadoso de seu desenvolvimento, mas concluiu que os esforços não foram suficientes.

"Já foram três árbitros, em seguida, acrescentou o quarto e depois colocaram outros nas linhas de gol. Existem vários olhos para fornecer uma maior precisão, mas eles não conseguiram e é isso que continua acontecendo, com paradas sucessivas de seis minutos para definir uma jogada", afirmou.

"O gol, a espontaneidade, o grito, a paixão, não podem ficar à espera que se defina se algo estranho aconteceu. Há árbitros e há assistentes de linha que se especializam para isso", acrescentou.

Apesar da crítica, Gareca enfatizou que não é contrário ao VAR e ressaltou que não duvida que com este recurso tecnológico busque privilegiar a transparência, mas questionou se não valeria a pena avaliar os efeitos das experiências já vividas na Copa América.

"Não duvido que seja transparente, confio em que tudo que é feito para melhorar, mas algo deve ser feito para que não tenhamos que parar o jogo e esperar que uma informação seja transmitida. Não é a essência do que é futebol", encerrou. EFE

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