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Renovação da Argentina é mais profunda que a Colômbia, avalia Navarro Montoya

16/06/2019 17h54

Buenos Aires, 16 jun (EFE).- Nascido na Colômbia e criado na Argentina, onde se tornou ídolo do Boca Juniors, o ex-goleiro Carlos Fernando Navarro Montoya comentou que as seleções dos dois países de sua vida chegaram à Copa América em processos de renovação, mas que as mudanças são mais profundas na 'Albiceleste'.

"Argentina e Colômbia chegaram à Copa América em processos de reconstrução similares, mas não iguais. Queiroz manteve a maioria dos jogadores da era (José) Pekerman, e Scaloni faz uma renovação mais profunda, o seu processo tem uma sensação de provisório que dificulta olhar para um futuro muito distante", avaliou.

Ao analisar para a Agência Efe a vitória de 2 a 0 da Colômbia sobre a Argentina no último sábado, Navarro Montoya destacou que "a Colômbia desenhou uma estratégia para neutralizar a zona de criação da Argentina, diminuiu espaços, eliminou as linhas de passe pelas costas dos meias e jogou longe de Ospina".

"Tudo isso foi feito com efetividade durante 75 minutos da partida, amarrando e neutralizando a equipe treinada por Scaloni", disse.

O ex-goleiro, que teve uma rápida passagem pelo Athletico-PR em 2006, também chamou a atenção para o momento em que a Colômbia abriu o placar, com Roger Martínez. O atacante marcou um golaço quando a Argentina estava melhor na partida e Lionel Messi havia acabado de perder uma grande chance de gol.

"O futebol é imprevisível, no melhor momento argentino, veio o golaço da Colômbia. Como toda equipe que tem as bases frágeis e os alicerces em construção, foi derrubada no primeiro golpe e voltou a ser o time inofensivo, previsível, sem audácia, confuso e linear do primeiro tempo", ressaltou.

Na visão de Navarro Montoya, "a Colômbia não foi superior à Argentina nitidamente, a partido foi semelhante, mas neutralizou o rival, minimizou as virtudes da Argentina e se potencializou a partir do que gerava na partida.

"Onde a Colômbia foi superior foi nas áreas, sobretudo na adversária, e esse é um argumento determinante para entender e compreender por que a festa é da Colômbia", explicou o ex-jogador, hoje com 53 anos. EFE

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