Nova derrota em clássico expõe fragilidade do elenco do São Paulo
Duas substituições quase simultâneas, pouco depois da metade do segundo tempo, ajudam a explicar por que o São Paulo perdeu seu terceiro clássico em 2019. No Tricolor, Hernanes sentiu e foi substituído por Brenner, garoto que ainda tenta se firmar no profissional. No Palmeiras, Felipão trocou o bom Moisés, que não vinha bem, pelo ótimo Bruno Henrique, que colaborou decisivamente para o domínio do meio de campo que já se desenhava. Carlos Eduardo definiu a vitória alviverde por 1 a 0.
Além de ainda estar tentando assimilar as ideias de um novo treinador - que será substituído por outro daqui um mês -, o Tricolor tem um elenco muito deficiente. A comparação com o rival chega a ser desleal, tamanha a disparidade. Clássicos são decididos no detalhe, mas ter jogadores melhores em campo e no banco faz o jogo pender para o seu lado. Lembremos que o São Paulo se mobilizou para obter um efeito suspensivo e escalar o fraco Gonzalo Carneiro como titular.
O São Paulo foi melhor no primeiro tempo, embora não tenha transportado essa superioridade para o placar. O time de Vagner Mancini se organizou muito bem defensivamente, neutralizando todos os jogadores capazes de desequilibrar o jogo a favor do Palmeiras. E não eram poucos: Moisés, Ricardo Goulart, Gustavo Scarpa, Dudu e Borja (este último mais pelo faro artilheiro do que por sua qualidade técnica).
Eles até que tentaram se movimentar entre as duas linhas de quatro do Tricolor, principalmente Dudu e Goulart, mas Luan e Hudson levaram vantagem. Vale ponderar que o rival optou por um jogo pobre de ideias, apelando para os lançamentos longos sempre que podia e abrindo mão do grande potencial de seus jogadores de meio e ataque pelo chão.
O jogador de mais alto nível do São Paulo, por outro lado, tinha muito espaço para jogar e conseguia conduzir o time à frente. Hernanes, em jornada melhor do que sua média em 2019, participou de todas as boas investidas ofensivas da equipe. Mas não é sempre que um Hernanes sozinho faz verão. Os são-paulinos teriam mais chances de vencer Weverton se houvesse melhores associações entre o Profeta, Pablo, Antony, Gonzalo... Um outro viés da estratégia palmeirense também dificultou: o de cometer faltas a cada vez que o adversário conseguia quebrar uma linha com um drible. Felipe Melo sofreu com as fintas de Hernanes. Hernanes sofreu com as botinadas de Felipe Melo - que, por alguma razão, não recebeu cartão.
O Palmeiras começou a ganhar o jogo no intervalo. A movimentação de Carlos Eduardo, que entrou no lugar de Borja, foi decisiva para tirar a solidez do sistema defensivo do São Paulo. Os visitantes começaram a trocar passes pelo chão, ganhando mais território a cada minuto.
A saída de Hernanes, aos 25 minutos, desmantelou de vez o Tricolor. A entrada de Bruno Henrique fez o Palmeiras dominar de vez o meia e fazer do gol uma questão de tempo. Ele saiu, aos 34 minutos, com o chutaço de Carlos Eduardo.
O São Paulo não teve reação. Vagner Mancini apelou para Everton Felipe, que até agora não mostrou a que veio, no lugar de Luan para tentar empatar. Obviamente não deu em nada.
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