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"Vimos tudo do ônibus, como num filme", diz técnico sobre tiros em mesquita

Polícia faz ronda após ataques a mesquitas em Christchurch  - AFP
Polícia faz ronda após ataques a mesquitas em Christchurch Imagem: AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/03/2019 09h07

O técnico do time de críquete de Bangladesh, Khaled Mashud Pilot, contou como foram os momentos de pânico vividos ao presenciar de um ônibus o ataque a uma das mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. Ao menos 49 pessoas morreram.

De acordo com Pilot, 17 pessoas da delegação chegaram ao local para orações no exato momento em que começou os tiros. Do ônibus, eles assistiram às cenas "como se fosse um filme", a apenas 50 metros da mesquita.

"A maioria de vocês viu o que aconteceu, foi terrível. Não queria que isso acontecesse com ninguém. Nós tivemos muita sorte, havia 16, 17 de nós no ônibus. Estávamos a caminho da mesquita. Apenas dois membros da equipe haviam ficado no hotel", disse.

"Estávamos muito perto da mesquita, a cerca de 50 metros, podíamos vê-la no ônibus. Se tivéssemos chegado 3 a 4 minutos antes, estaríamos dentro da mesquita. Um desastre maciço poderia ter ocorrido. Assistimos a tudo do ônibus, como num filme, pessoas sangrando ao saírem da mesquita", completou.

De acordo com Pilot, a delegação ficou no ônibus por cerca de 10 minutos, agachados para evitar serem atingidos. Depois, correram para um estádio de críquete das imediações.

"Ficamos dentro do ônibus por cerca de 8-10 minutos, mantendo a cabeça baixa no caso de sermos atingidos. Mais tarde, imaginamos que os terroristas deveriam sair da mesquita e começar a atirar ao acaso", disse Khaled Mashud Pilot.

Por conta do incidente, o time de Bangladesh cancelou as atividades previstas para esta sexta-feira. A equipe está no país para uma série de treinos e amistosos.

Os ataques

Um ataque a tiros em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, deixou pelo menos 49 mortos. Testemunhas afirmaram que, por volta das 13h40 local (21h40 de quinta no horário de Brasília), um homem branco vestido com trajes militares invadiu a mesquita Masjid Al Noor, no centro da cidade, e começou a atirar. Foram contabilizados também 48 feridos.

Depois houve registros de tiros em uma segunda mesquita A polícia não descartou a hipótese de outros locais terem sido alvo de ataques. Casos semelhantes são pouco comuns no país: o último massacre a tiros registrado aconteceu em 1990.

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